Um país onde 30% da população é analfabeta funcional e mais da metade não lê livros está fadado ao fracasso. A realidade brasileira, marcada por essa trágica estatística, revela uma crise educacional que vai muito além da falta de acesso à escola: é uma crise de pensamento, de crítica e de capacidade de transformação. Sem leitura, não há formação de cidadãos conscientes, apenas massa de manobra para demagogos e oportunistas. E, com o avanço das redes sociais, que privilegiam o imediatismo e a superficialidade, esse cenário tende a piorar, aprofundando a alienação e o obscurantismo.
O analfabetismo funcional significa que milhões de brasileiros conseguem decodificar palavras, mas não interpretam textos, não entendem instruções básicas, não discernem informação de propaganda. São presas fáceis para fake news, discursos de ódio e promessas vazias. Quando mais da metade da população não cultiva o hábito da leitura diária, a capacidade de reflexão coletiva se esvai, substituída por slogans e viralidades vazias. Redes sociais como TikTok e Instagram formam gerações incapazes de concentração, viciadas em dopamina rápida, sem paciência para analisar contextos ou questionar narrativas.
O resultado? Uma sociedade cada vez mais polarizada, manipulável e intelectualmente pobre. Sem leitura, não há empatia, pois livros são janelas para outras realidades; não há pensamento crítico, pois a análise exige profundidade; não há inovação, pois ideias complexas demandam estudo. Enquanto nações investem em educação e formação de mentes questionadoras, o Brasil afunda no mar da ignorância, condenando-se ao atraso perpétuo.
Já somos um país serviçal, e se não houver uma impactante revolução na educação, priorizando acesso a livros, formação, valorização de professores e combate à desinformação digital, o futuro será de estagnação e dependência. Uma nação que não lê está fadada a ser governada por quem a mantém na escuridão. E, infelizmente, o Brasil parece estar escolhendo esse caminho, lenta e tragicamente.