As evidências de que governos incapazes de liderar com inteligência e habilidade para todos, estão fadados ao ostracismo, reflete uma realidade global cada vez mais transparente. O século XXI tem demonstrado, de forma contundente, que regimes autoritários — sejam de direita ou de esquerda — não conseguem responder às demandas de sociedades plurais, conectadas e exigentes nos novos tempos. A democracia, em seu sentido mais amplo, não é apenas um sistema político, mas um pacto social que exige inclusão, diálogo e respeito ao pluralismo.
Governos que insistem em práticas centralizadoras, na supressão de liberdades ou no culto a lideranças messiânicas enfrentam resistência crescente. A era da informação descentralizou o poder e a padronização. Cidadãos estão mais conscientes, mobilizados e intolerantes a abusos. Movimentos sociais, imprensa livre e redes sociais expõem arbitrariedades antes ocultas, acelerando a erosão de regimes que ignoram o bem comum.
Além disso, a complexidade dos desafios contemporâneos — como mudanças climáticas, desigualdades e crises migratórias — exige cooperação e políticas baseadas em evidências, não em ideologias rígidas ou populismos. Países que prosperam são aqueles que investem em educação, saúde e infraestrutura, garantindo direitos sem abandonar a eficiência econômica. O equilíbrio entre justiça social e liberdades individuais é indispensável. Coisas que o Brasil não tem tido há muito tempo, e não há luz no fim do túnel.
A história recente mostra que autoritarismos, mesmo quando temporariamente estáveis, geram crises duradouras. A Primavera Árabe, os protestos na América Latina e a resistência ucraniana à invasão russa são exemplos de que povos não mais aceitam opressão passivamente. A esquerda dogmática, que sufoca a economia e a crítica, e a direita xenofóbica, que alimenta divisões, igualmente fracassam quando negam pluralismo.
O caminho viável é a democracia participativa, com instituições fortes, transparência e mecanismos de accountability. Governar para todos não significa agradar a todos, mas garantir que decisões sejam tomadas com legitimidade, ouvindo vozes dissonantes e priorizando o interesse coletivo. No mundo hiperconectado de hoje, o ostracismo aguarda quem insiste em governar contra uma parcela ou uma metade do povo. A escolha é clara: adaptar-se ou ser varrido pela história.