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Você sabia? Após a morte o cérebro continua ativo por…

Foto: OCP News

Por: OCP News Jaraguá do Sul

11/03/2025 - 13:03 - Atualizada em: 11/03/2025 - 13:44

A questão da atividade cerebral após a morte clínica tem sido um tema de grande interesse tanto para a ciência quanto para a filosofia. A morte clínica é definida como a cessação das funções vitais, como batimentos cardíacos e respiração, mas estudos recentes sugerem que o cérebro pode permanecer ativo por alguns minutos após esse evento. Essa descoberta levanta questões fascinantes sobre a natureza da consciência e as experiências relatadas por indivíduos que passaram por situações de quase morte (EQM).

Pesquisas realizadas em animais e observações em humanos indicam que, após a interrupção do fluxo sanguíneo e da oxigenação, o cérebro entra em um estado de “tempestade elétrica” antes de cessar completamente suas atividades. Esse fenômeno, conhecido como despolarização cerebral difusa, ocorre quando as células cerebrais, privadas de oxigênio, liberam uma grande quantidade de neurotransmissores e íons, causando uma onda de atividade elétrica que se espalha pelo córtex. Essa atividade pode persistir por até vários minutos após a morte clínica, dependendo das condições do indivíduo e do ambiente.

Alguns cientistas propõem que essa atividade cerebral residual pode estar relacionada às experiências vívidas descritas por pessoas que “voltaram” da morte. Esses relatos frequentemente incluem sensações de paz, visões de luzes intensas, encontros com entes queridos ou até mesmo uma revisão de memórias passadas. Embora essas experiências sejam frequentemente atribuídas a fenômenos espirituais ou metafísicos, pesquisas sugerem que elas podem ter uma base neurobiológica. A liberação excessiva de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, durante a despolarização cerebral, pode induzir alucinações e sensações intensas, semelhantes às descritas em EQM.

Além disso, a privação de oxigênio no cérebro, conhecida como hipóxia, pode levar a distorções na percepção do tempo e do espaço, o que poderia explicar a sensação de “eternidade” relatada por alguns indivíduos. Estudos com eletroencefalogramas (EEGs) em pacientes em estado crítico mostraram que a atividade cerebral pode persistir mesmo após a parada cardíaca, embora de forma caótica e decrescente.

No entanto, é importante ressaltar que a interpretação desses fenômenos ainda é alvo de debate na comunidade científica. Enquanto alguns pesquisadores defendem que essas experiências são evidências de uma consciência que transcende a morte, outros argumentam que elas são resultado de processos fisiológicos e neurológicos que ocorrem durante o processo de morrer. A dificuldade em estudar diretamente o cérebro humano no momento exato da morte limita a capacidade de conclusões definitivas.

Em resumo, a atividade cerebral após a morte clínica é um fenômeno complexo que desafia nossa compreensão da consciência e da morte. Embora estudos sugiram que o cérebro possa permanecer ativo por alguns minutos após a cessação das funções vitais, a natureza exata das experiências relatadas por indivíduos que passaram por EQM ainda não foi completamente elucidada. Pesquisas futuras, com tecnologias mais avançadas e métodos de observação menos invasivos, podem ajudar a desvendar esses mistérios, oferecendo novas perspectivas sobre o limiar entre a vida e a morte.

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OCP News Jaraguá do Sul

Publicação da Rede OCP de Comunicação