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Você sabia? A maior dor sentida pelo ser humano decorre do ato de…

Foto: OCP News

Por: OCP News Jaraguá do Sul

15/05/2025 - 15:05 - Atualizada em: 15/05/2025 - 15:24

Com o advento da informação a granel, da superficialidade e do imediatismo cibernético, a leitura crítica, profunda e demorada está em extinção.

Por isso, o livro é um paradoxo sublime: é guardião do conhecimento e, ao mesmo tempo, espinho na massa encefálica da preguiça mental. Enquanto a era digital nos entrega respostas rápidas e mastigadas, como fast-food intelectual, o livro exige paciência, profundidade e, acima de tudo, esforço. E é justamente isso que o torna imortal.

A civilização construiu-se sobre páginas. Homero, Dante, Nietzsche, Shakespeare: vozes que ecoam porque desafiaram seus leitores a pensar, a questionar, a sofrer as dores do entendimento. Mas a cibernética, com seu fluxo infinito de estímulos vazios, nos oferece um refúgio sedutor: a ilusão do saber raso. Compartilhamos textos que não lemos, debatemos ideias que não compreendemos e nos satisfazemos com verdades de 280 caracteres. O livro, nesse cenário, torna-se um rebelde. Ele não se rende ao imediatismo; resiste como um monumento à complexidade humana.

Porém, sua imortalidade não está apenas na resistência, mas na necessidade. Enquanto existirem seres humanos que desejam mais do que a superficialidade, o livro permanecerá. Porque pensar dói, sim, mas a dor é o preço da liberdade. E nenhum algoritmo, por mais avançado que seja, pode substituir a jornada solitária e transformadora de quem mergulha nas páginas de um grande livro.

Portanto, a questão não é se o livro sobreviverá, mas, se nós sobreviveremos sem ele.

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Publicação da Rede OCP de Comunicação