Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Você sabia? A grande ferida aberta no coração do Brasil é a…

Foto: OCP News

Por: OCP News Jaraguá do Sul

24/05/2025 - 06:05

Não estamos falando só de uma chaga social, de um pobre país que pouco se preocupa com o futuro e com uma sociedade sadia. Estamos falando de crimes sexuais contra crianças, que expõe a nossa incapacidade coletiva de proteger os mais vulneráveis. Todos os dias, meninas e meninos são vítimas de abusos sexuais, agressões físicas, psicológicas, e negligência dentro de suas próprias casas, escolas e comunidades. Essa realidade, além de revoltante, é uma condenação moral de um país que se diz civilizado, mas que falha repetidamente em garantir o básico: a segurança e a dignidade de suas crianças.

Os números são estarrecedores: milhares de casos são registrados anualmente, mas muitos outros permanecem ocultos, encobertos pelo medo, pela omissão ou pela conivência de quem deveria agir. O Disque 100 recebe denúncias diárias, mas a impunidade ainda é a regra. Muitos agressores são familiares, pessoas em quem as crianças deveriam confiar, tornando a violência ainda mais perversa. E enquanto o Estado se mostra lento na fiscalização e na punição, vidas são destruídas, traumas irreparáveis são gerados e futuros são roubados.

Não há justificativa para tamanha barbárie. A violência infantil não é um problema isolado – é sintoma de uma sociedade que naturaliza a agressão, que fecha os olhos para o sofrimento alheio e que trata a infância como uma etapa sem direitos. A pobreza, a falta de educação e a desigualdade agravam o cenário, mas não podem servir de desculpa. Países muito mais pobres que o Brasil conseguiram avanços significativos na proteção infantil. Nós, no entanto, continuamos presos a um ciclo de brutalidade e descaso.

É urgente que haja uma mobilização geral. Não basta punir os culpados – é preciso prevenir. Escolas precisam ser espaços de acolhimento, serviços de assistência social devem ser fortalecidos, e a população precisa perder o medo de denunciar. Além disso, é essencial romper com a cultura da violência doméstica, que ainda é tratada como “disciplina” ou “criação”. Bater não é educar; humilhar não é formar caráter. Crianças precisam de amor, respeito e oportunidades – não de dor e medo.

Enquanto o Brasil não enfrentar essa questão com a seriedade que ela exige, estaremos fadados a repetir os mesmos erros, perpetuando um ciclo de sofrimento e desumanização. Proteger as crianças não é um favor – é um dever. E até que ele seja cumprido, nossa sociedade continuará falhando de forma irremediável. Chega de omissão. Chega de silêncio. O futuro do país depende do que fazemos hoje pelas nossas crianças.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

OCP News Jaraguá do Sul

Publicação da Rede OCP de Comunicação