Desvios de realidade como esses, pode ser explicado por uma combinação de fatores sociais, psicológicos e tecnológicos. Primeiramente, a idade avançada de muitos dos que acreditam nessas informações falsas sugere uma possível dificuldade em acompanhar as rápidas transformações digitais. Idosos podem ter menos familiaridade com a internet e, consequentemente, menor capacidade de discernir fontes confiáveis das não confiáveis.
Além disso, a desinformação é frequentemente disseminada de forma persuasiva, explorando vieses cognitivos como o viés de confirmação, onde as pessoas tendem a aceitar informações que confirmam suas crenças pré-existentes. Ou seja, apropria-se de uma mentira alheia e a incorpora com sua particular verdade. Isso é agravado por algoritmos de redes sociais que criam bolhas de filtro, expondo os usuários apenas a conteúdos que reforçam suas visões distorcidas de mundo.
Outro fator é a desconfiança crescente em instituições tradicionais, como a mídia profissional e a ciência, que por se centrarem em fatos e verdades, pode levar as pessoas a buscarem informações alternativas não verificadas. A falta de educação crítica e científica também desempenha um papel crucial, pois limita a capacidade de avaliar criticamente as informações recebidas.
Em resumo, a combinação de baixa literacia digital, vieses cognitivos, desconfiança institucional e falta de educação crítica forma um terreno fértil para a disseminação e aceitação de fake news. Combater esse fenômeno requer esforços multidisciplinares, incluindo educação midiática, promoção do pensamento crítico e maior transparência das fontes de informação. Uma dica para iniciar esse processo educativo poderia ser se auto indagando: “esse conteúdo saiu no OCP?”… rs.