Vigilância Sanitária esclarece suas atribuições na fiscalização de frigoríficos

Fiscal da Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul em ação de rotina na fiscalização de acondicionamento de alimentos em mercado da cidade | Foto: Eduardo Montecino/Arquivo

Por: OCP News Jaraguá do Sul

21/03/2017 - 09:03

 

A gerente de Vigilância Sanitária da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Nilceane Junckes Costa, informa que não faz parte das atribuições do município a responsabilidade de fiscalizar o parque fabril da unidade da Peccin Agro Industrial Ltda, instalada no bairro Santa Luzia, e um dos alvos da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, com apoio da Receita Federal e Ministério da Agricultura,  na sexta-feira passada (17). As atribuições, esclarece Nilceane, cabem ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por esta ter Serviço de Inspeção Federal.

Esclarece que a Vigilância Sanitária é responsável pela fiscalização do transporte e comércio de produtos de origem animal e produtos de origem vegetal, mas não sobre a produção. “Caso houver denúncia sobre o transporte em condições adversas, de má conservação, armazenamento inadequado ou venda de produtos fora do prazo de validade, aí sim, a fiscalização compete à Vigilância Sanitária”, reforça.

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No caso da Operação Carne Fraca, o que poderá acontecer é a retirada de produtos à venda em estabelecimentos comerciais. Para isso, será necessária a comunicação do Ministério da Agricultura à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que haja o recolhimento. “A Anvisa informa os municípios para que façam o recolhimento de determinados produtos, embora a responsabilidade ainda seja de quem produziu os alimentos”, explica, reforçando que nenhuma medida neste sentido chegou ao conhecimento da Vigilância Sanitária local.

 

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Já o secretário de Agricultura de Jaraguá do Sul, Daniel Peach, informa que não há detalhes sobre o movimento econômico gerado pelo frigorífico alvo das investigações, tampouco o número de funcionários da unidade (que seriam em torno de 150), já que todo o processo de fiscalização cabe aos órgãos federais. “Até porque, esta unidade não possui abatedouro, apenas processa alimentos à base de carne suína”, comentou, acrescentando que em Jaraguá do Sul existem dois abatedouros, um de bovinos e outro de suínos, e um terceiro de abate de peixes, que têm o Serviço de Inspeção Municipal.