Uma agressão brutal contra uma idosa chocou moradores e autoridades de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No dia 29 de janeiro, Maria de Fátima Silva Pires, de 68 anos, foi agredida por um motorista de aplicativo ao chegar em seu condomínio. O crime foi registrado por câmeras de segurança e as imagens mostram o momento em que a vítima, após passar pelo portão do prédio, leva um chute nas costas de forma covarde.
A vítima, que voltava de uma consulta médica para tratar de um quadro de pneumonia, contou que o agressor a atacou por um motivo aparentemente banal: ela estava comendo um biscoito dentro do carro do aplicativo. O caso gerou revolta, principalmente pelo fato de que a violência foi exercida contra uma idosa em um momento tão vulnerável.
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A reação da Uber e a investigação policial
Em nota, a Uber se manifestou sobre o caso, classificando a agressão como “inaceitável” e afirmando que o motorista foi imediatamente banido da plataforma. A empresa se comprometeu a cooperar com as investigações.
O incidente ocorreu quando o motorista aproveitou o momento em que o portão do prédio estava aberto para entrar no local, onde foi interceptado e contido pelo porteiro do condomínio. O caso foi registrado como lesão corporal na 12ª Delegacia de Polícia (DP), localizada em Copacabana. A idosa será submetida a um exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) para que as lesões sejam avaliadas de forma oficial.
“A Uber lamenta o caso e considera inaceitável o uso de violência. A conta do motorista parceiro foi banida da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio. A Uber esclarece que todas as viagens são cobertas por um seguro e está à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei.
A empresa ressalta que conta com uma equipe especializada que está sempre à disposição para colaborar com as autoridades e um portal exclusivo para solicitação de dados no caso de investigações ou processos de persecução criminal, que está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana para processar as demandas, tudo isso respeitando as leis de privacidade exigidas no País, em especial o Marco Civil da Internet.”
Identificação do agressor e consequências legais
De acordo com o delegado Angelo Lages, responsável pela investigação na 12ª DP, a vítima já reconheceu o motorista e não há dúvidas sobre sua identidade. Embora o veículo usado pelo agressor não esteja registrado em seu nome, a polícia continua a investigar todos os detalhes do caso.
A vítima vai realizar o exame de corpo de delito nesta sexta-feira (31), e o resultado ajudará a determinar a gravidade das lesões. O agressor pode ser responsabilizado por lesão corporal grave ou até gravíssima, dependendo da avaliação das autoridades.