Um lobo-guará foi adotado equivocadamente e criado como um cachorro por uma família que o encontrou na rua, em Pomerode.
Após cerca de quatro meses, a família percebeu que o animal estava se desenvolvendo de forma diferente e buscaram informações com os órgãos ambientais, que confirmaram que se tratava de um animal selvagem e que não poderia ser domesticado.
O animal foi então transferido para o zoológico de Pomerode, onde agora vive em um espaço natural com árvores frutíferas, arbustos, toca, lago e outras características da natureza.
“Por não ter convivido com a mãe, nunca aprendeu a buscar alimento, abrigo e a se defender. Sendo assim, ele não conseguiria sobreviver sozinho, pois se tornaria uma presa fácil ou não encontraria a própria comida”, explica bióloga educadora Jenifer Kroth.
Ele segue um cronograma de atividades recreativas e é acompanhado por veterinários especializados no atendimento de espécies ameaçadas de extinção.
O Analista Ambiental do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Cássio de Sousa Borges destaca que a espécie está ameaçada de extinção.
“Além do motivo legal, existe a motivação ecológica. Ele mantém seus instintos de vida silvestre e pode, ainda que sem intenção, causar algum tipo de reação”, acrescentou.
Ele vive agora com uma fêmea adulta da mesma espécie, o que é importante para o seu desenvolvimento de instintos.