O presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, iego Machado (PSD), protagonizou uma forte discussão durante audiência pública que tratou do projeto de lei de sua autoria, que proíbe deixar restos de alimentos, velas acesas, bebidas, objetos ritualísticos ou outros materiais em espaços públicos da cidade, como praças, parques e principalmente cemitérios.
Pela proposta, quem realizar rituais religiosos nesses locais deverá recolher todos os resíduos gerados. Durante a audiência, um dos participantes, chamado Pai Tiago de Bará, representando a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e outras entidades, disparou: “Vou participar da reunião para somar com o povo de axé de Joinville que não aguenta mais projetos racistas”.
Em seguida, pediu um encaminhamento: “Queria fazer primeiro o encaminhamento para a comissão de ética da Casa para averiguar as denúncias de racismo religioso contra o trabalhador público”, solicita.
Como resposta imediata, Machado refutou as acusações. “Eu quero que tu tenhas coragem para falar, tenha coragem para falar. Está sendo gravado. Aqui não ‘pavão, aqui não’. Seu ‘fanfarrão’”, diz Machado.
A audiência seguiu sem mais discussões entre os participantes, sem que o participante apresentasse as manifestações racistas.
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