A comunidade Nossa Senhora do Rosário, no bairro Nereu Ramos, em Jaraguá do Sul, tem um bom motivo para comemorar. O Vaticano comunicou no começo da semana que foi emitido decreto de validade jurídica pela causa da beatificação do padre Aloísio Boeing. O processo que busca a condição de beato para o pároco foi iniciado em 2013 e a primeira fase diocesana foi encerrado no dia 17 de março do ano passado, com o envio da documentação a Roma. A leitura inicial do processo ocorreu no dia 10 de julho, na capital da Igreja Católica.
“A validade jurídica significa que todo o trabalho feito pela Comissão Histórica e depoimentos estão corretos, que tudo foi bem feito. É uma ótima notícia, porque tudo está caminhando muito rápido”, declara a Irmã Edena Bittencourt. O passo seguinte será o estudo da comprovação das “virtudes heroicas”. Pelos trâmites da Igreja Católica, o padre Aloísio, que hoje é chamado de “servo de Deus”, passaria a “venerável” e depois a “beato”. A última instância é a condição de santo.
“Pedimos a todos que alcançaram graças para apresentar os relatos”, convoca a religiosa.
Neste domingo (17), ocorrem três missas na comunidade. A primeira celebração, às 9h30, será com o padre Léo Effting. Às 15h, a missa será presidida por dom Murilo Ramos Krieger, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, vice-presidente da CNBB (Confederação Nacional de Bispos do Brasil). “O arcebispo Murilo foi noviço do padre Aloísio e presidiu a missa de falecimento dele”, relembra a irmã. A missa das 20h terá o padre Alírio Pedrini.
A irmã também destaca que a paróquia teve a honra de ser escolhida entre as 13 da Diocese de Joinville para ser a “Porta Santa” no Ano Santo da Misericórdia, instituído pelo papa Francisco no dia 17 de dezembro de 2015. Com isso, os fiéis podem obter a indulgência plenária – perdão total dos pecados, mediante cumprimento de exigências, como confissão, missa e comunhão.
No dia em que serão completados 10 anos da morte do padre Aloísio, 17 de abril, haverá a apresentação do documentário “Pe. Aloísio, a santidade cotidiana”. O custo de produção gira em torno de R$ 80 mil. “Contamos com a colaboração de todos para viabilizar esses custos”, enfatiza irmã Edena.