Usuários esperam até duas horas e meia para serem atendidos

Por: OCP News Jaraguá do Sul

17/02/2016 - 08:02 - Atualizada em: 19/02/2016 - 06:22

Quase que diariamente o empresário Guilherme Siebel vai até a agência central dos Correios, em Jaraguá do Sul, resolver trâmites relacionados ao seu negócio.

Na rotina, além do envio e recebimento de mercadorias, está a espera. Cada ida demanda pelo menos uma hora aguardando o atendimento. “Já cheguei a esperar duas horas e meia. Dá para ver que o pessoal da equipe está fazendo o possível, mas não dá conta”, relata o empresário.

A situação tem causado desconforto e indignação em quem, como Siebel, precisa utilizar o serviço. É o caso do autônomo Carlos Stahl, que encontrou a agência central lotada na manhã de ontem e precisou aguardar em pé, ao lado da porta. “Cheguei aqui às 9h12 e ainda estou esperando”, disse o profissional, com uma breve olhada no relógio, que marcava 10h30. “Eu não esperava que estivesse tão cheio”, desabafou.

Em pé no canto da sala, o profissional Leo Cachoeira se preparava para enfrentar uma verdadeira maratona. Com pessoas se acumulando pelos corredores, a perspectiva de atendimento não era das melhores. “Cheguei às 10h e sei que vai longe. Deveriam colocar mais pessoas para atender a população”, defendeu ele.

Segundo a Direção Regional dos Correios de Santa Catarina, atualmente a agência central de Jaraguá do Sul dispõe de seis funcionários e quatro guichês para atender uma média de 220 pessoas por dia, sendo que na hora do almoço apenas dois guichês permanecem abertos.

Por meio da assessoria de imprensa, o órgão informou que a situação se agravou devido à suspensão de concurso público e ao elevado número de mercadorias encaminhadas para entrega interna, quando a pessoa precisa buscar o pacote na agência. O grande volume de pacotes com tributação também é tido como um fator de peso.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Funcionários dos Correios de Jaraguá do Sul, Claitom dos Santos, desde 2011 não são realizados concursos públicos para o órgão. No Centros de Distribuição estão faltando 12 funcionários, segundo ele. “Nosso efetivo completo seria de 73 pessoas, mas temos 61, isso sem contar que todos os meses pelos menos cinco deles estão de férias”, detalha. O problema, de acordo com Santos, é fruto de uma pressão do governo federal para que os Correios sejam privatizados. “Sucateando o serviço a opinião pública se torna mais favorável à privatização”, analisa.

A recomendação é ir à agência central quando o serviço é oferecido somente por lá, como é o caso da Certificação Digital, Banco Postal e entegra de objetos e correspondências. Nos demais casos, o consumidor pode procurar outras agências da região. Por e-mail, a diretoria regional afirmou que está atenta à situação do município e vem planejando ações para amenizar o problema.

 

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Publicação da Rede OCP de Comunicação