Uso de cigarros eletrônicos, os famosos “pods” pode afetar o desenvolvimento do cérebro

Foto: Divulgação/PMSJ

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

16/07/2024 - 15:07 - Atualizada em: 16/07/2024 - 15:21

A necessidade de controlar os cigarros eletrônicos é urgente, visando proteger crianças, não fumantes e minimizar os impactos na saúde pública. Estes produtos não apenas falham em ajudar na cessação do tabagismo, como também apresentam evidências alarmantes de danos à saúde.

Os cigarros eletrônicos são frequentemente comercializados de maneira a atrair o público jovem, o que representa um perigo crescente. Atualmente, 34 países proíbem sua venda, enquanto 88 não estabelecem uma idade mínima para compra e 74 carecem de regulamentação adequada para esses produtos prejudiciais.

“Os cigarros eletrônicos são comercializados para pessoas muito jovens para torná-los dependentes da nicotina. As autoridades nacionais devem agir de forma decisiva para impedir o consumo destes produtos e, assim, proteger os seus cidadãos e cidadãs, especialmente as crianças e os jovens”, disse o diretor-geral da OMS, TedrosAdhanomGhebreyesus.

Impactos negativos na saúde

1. Dependência de nicotina

Muitos cigarros eletrônicos contêm nicotina, uma substância altamente viciante que pode levar à dependência, especialmente em cérebros em desenvolvimento.

2. Impacto no desenvolvimento cerebral

O cérebro dos adolescentes ainda está em desenvolvimento, e a exposição à nicotina pode afetar negativamente as funções cognitivas e o controle de impulsos.

3. Danos pulmonares

Estudos sugerem que vapores de cigarros eletrônicos podem causar inflamação nos pulmões, o que pode levar a problemas respiratórios.

4. Exposição a substâncias químicas prejudiciais

Além da nicotina, os vapores dos cigarros eletrônicos contêm outras substâncias químicas que podem ser prejudiciais à saúde, como formaldeído, metais pesados e produtos químicos aromatizantes.

5. Risco de iniciar o uso de cigarros tradicionais

Existe uma preocupação crescente de que o uso de cigarros eletrônicos possa servir como uma porta de entrada para o uso de cigarros tradicionais entre os jovens.

6. Efeitos desconhecidos a longo prazo

Devido à relativa novidade dos cigarros eletrônicos, os efeitos a longo prazo sobre a saúde ainda não são completamente compreendidos.

Uso maior em crianças do que em adultos

O uso de cigarros eletrônicos é mais prevalente entre crianças de 13 a 15 anos do que entre adultos em todas as regiões da OMS. Por exemplo, no Canadá, o uso entre jovens de 16 a 19 anos dobrou de 2017 a 2022, enquanto na Inglaterra (Reino Unido) triplicou nos últimos três anos.

Qualquer exposição a promoção de cigarros eletrônicos em mídias sociais, mesmo que breve, pode aumentar o desejo de experimentá-los e promover atitudes positivas em relação a esses produtos. Estudos consistentemente indicam que jovens que usam cigarros eletrônicos têm quase três vezes mais probabilidade de fumar cigarros na vida adulta.

 

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).