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TPM: por que as mulheres sentem dores e mal-estar antes da menstruação?

Foto: Freepik

Por: Elisângela Pezzutti

23/08/2025 - 13:08 - Atualizada em: 23/08/2025 - 13:32

Cólica, dor de cabeça, inchaço, irritabilidade, fadiga e até tristeza sem motivo aparente. Esses são apenas alguns dos sintomas que muitas mulheres enfrentam durante a Tensão Pré-Menstrual, mais conhecida como TPM. Mas afinal, por que o corpo reage dessa forma nos dias que antecedem a menstruação?

A resposta está, principalmente, nas alterações hormonais que ocorrem ao longo do ciclo menstrual. “Durante a fase lútea, que é o período entre a ovulação e a menstruação, há uma queda nos níveis de estrogênio e progesterona. Essa oscilação hormonal pode afetar o sistema nervoso central, provocando mudanças físicas e emocionais”, explica a ginecologista e obstetra Dra. Camila Magalhães, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Além das oscilações hormonais, o acúmulo de líquidos no corpo pode causar sensação de inchaço e desconforto abdominal. Já as dores de cabeça estão, muitas vezes, relacionadas à diminuição do estrogênio, que influencia a dilatação dos vasos sanguíneos. “A sensibilidade à dor também pode aumentar durante essa fase, o que intensifica sintomas como cólicas e enxaquecas”, acrescenta a médica.

Do ponto de vista emocional, a TPM pode provocar alterações de humor, ansiedade e até quadros de depressão temporária. Isso ocorre porque os hormônios sexuais também influenciam neurotransmissores como a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar. Quando esses níveis caem, é comum que a mulher se sinta mais irritada ou triste sem razão clara.

Estudos mostram que cerca de 75% das mulheres em idade fértil apresentam algum sintoma de TPM, que pode variar de leve a mais intenso. Em casos mais severos, o quadro pode evoluir para a TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual), uma condição que exige acompanhamento médico.

Segundo a Dra. Camila, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e reduzir o consumo de cafeína e sal podem ajudar a aliviar os sintomas. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser indicado.

“É importante que a mulher observe o próprio corpo e procure ajuda médica se os sintomas forem muito intensos ou interferirem na rotina. Existem tratamentos eficazes, e ninguém precisa sofrer em silêncio”, conclui a especialista.

*Com informações da revista Vida & Saúde

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Elisângela Pezzutti

Graduada em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.