Grávida de cinco meses, a cantora Lexa contou aos seus seguidores nas redes sociais que foi diagnosticada com a tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que leva à destruição progressiva de células da tireoide.
A cantora de 29 anos precisou tratar a condição por causa da gravidez, fruto do relacionamento com Ricardo Vianna de 32 anos. No vídeo compartilhado pela funkeira, Lexa conta que o resultado dos seus exames apontaram taxas hormonais alteradas e que isso poderia prejudicar a gravidez.
O médico-cirurgião de cabeça e pescoço e especialista em tireoide Dr. Erivelto Volpi, explica que “mulheres com esta condição precisam de acompanhamento cuidadoso, pois o hipotireoidismo inadequadamente controlado pode aumentar o risco de complicações como aborto espontâneo, parto prematuro, eclâmpsia e problemas de desenvolvimento no feto”.
A condição se dá porque a função da tireoide – glândula localizada no pescoço e responsável pela produção de hormônios – fica anormal e pode causar o hipotireoidismo.
O especialista reforça que é necessário manter a dosagem de hormônios específicos em níveis normais. “É essencial que as mulheres diagnosticadas com tireoidite de Hashimoto discutam seu plano de tratamento com seus médicos antes e durante a gravidez”, diz Volpi.
Foto: Imagem ilustrativa/Pixabay
Doença mais comum em mulheres
A tireoidite de Hashimoto é uma das doenças autoimunes mais comuns e aparece muito mais em mulheres do que em homens.
Antônio Rahal, médico radiologista intervencionista especialista em tireoide, menciona que “geralmente, o tratamento é eficaz, mas a condição pode ser grave se não for tratada adequadamente, uma vez que o hipotireoidismo não tratado pode levar a complicações como doenças cardíacas, infertilidade e outras condições de saúde”.
Sintomas
Entre os principais sintomas, estão fadiga, aumento de peso inexplicado, sensibilidade ao frio, constipação, pele seca, cabelos e unhas quebradiços, inchaço no rosto, rouquidão, debilidade muscular, depressão, problemas de memória, menstruação irregular.
Rahal diz que “é importante notar que os sintomas variam de pessoa para pessoa, e algumas podem não apresentar sintomas evidentes no início, daí a necessidade de exames!”.
Tratamento
A dupla de médicos diz que o tratamento principal para a tireoidite de Hashimoto é a reposição do hormônio tireoidiano com levotiroxina, um hormônio sintético que substitui o hormônio que a glândula tireoide não está mais produzindo em quantidade suficiente.
O tratamento é ajustado e monitorado regularmente para garantir a eficácia e minimizar os sintomas.
