Uma intensa tempestade geomagnética de classe G3 deve atingir a Terra neste sábado (30). Isto ocorre pela ejeção de massa coronal (EMC) resultante de uma explosão do tipo X1, ocorrida na quinta-feira (28) no Sol e que deve atingir o campo magnético terrestre.
Essas tempestades desencadeiam auroras que podem ser vistos a olho nu e registradas em fotos até em latitudes menores na América do Norte.
A tempestade solar pode continuar no domingo de Halloween, porém menos intensa, com classes G1 e G2, à medida que a Terra vai passar pelo rastro da ejeção de massa coronal.
As explosões solares do tipo X, como a de quinta-feira, são as mais fortes de erupção solar. Em regra, elas causam blecautes de rádio mais intensos e as tempestades geomagnéticas mais fortes, que geram auroras e afetam o sistema elétrico do planeta.
POW! The Sun just served up a powerful flare! ☀️ ?
At 11:35 a.m. EDT today, a powerful X1-class solar flare erupted from the Sun. NASA’s Solar Dynamics Observatory caught it all on camera. ?
More on our Solar Cycle 25 blog: https://t.co/L5yS3hJRTx pic.twitter.com/iTwZZ7tCOY
— NASA Sun & Space (@NASASun) October 28, 2021
Impactos de uma tempestade solar
Apesar de envolver grandes astros espaciais, essas explosões não possuem efeito sobre a vida terrestre. As tempestades solares, diferentemente das tempestades terrestres que trazem vento, chuva, granizo e raios, são percebidas com intensidade nas regiões polares, tendo efeitos nos sinais de rádio utilizado por radioamadores, navios e aviões.
Uma tempestade geomagnética intensa poderia ser notada pelos humanos comuns através de uma interferência mínima no sinal de televisão que é transmitido por satélite.
Nas televisões por assinatura, aparece um aviso sobre oscilação de sinal em razão da atividade solar.
Somente os casos extremos, que são raros, podem impactar a vida das pessoas, além do perigo aos astronautas no espaço por conta da exposição à radiação solar.
Quando ocorre uma explosão do tipo X muito intensa, o sistema elétrico da Terra pode ser afetado.
A explosão de quinta-feira foi a primeira do tipo X do atual ciclo solar que iniciou em setembro de 2017.
O último ciclo solar anterior, de número 24, o Sol produziu 49 explosões do tipo X e os especialistas do tempo espacial acreditam este ciclo deve ser tão ou até mesmo mais ativo que o último.