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Tecnologia reduz custos e ajuda prefeitura de Florianópolis fiscalizar repasses de recursos a projetos sociais

Cofundador da Bússola Social, o jornalista Áureo Giunco Júnior conversa com representantes das instituições sociais beneficiadas pelo uso do sistema | Foto Divulgação/Bussola Social

Por: Ewaldo Willerding Neto

24/03/2021 - 10:03 - Atualizada em: 24/03/2021 - 10:51

Pilhas de papel e de processos com prestação de contas, horas no trânsito para levar a documentação física até a sede da prefeitura e o gasto com centenas de impressões era a estressante realidade das instituições do Terceiro Setor conveniadas à Prefeitura de Florianópolis para manutenção de seus projetos sociais.

A administração pública, por sua vez, sofria com a dificuldade de análise da prestação de contas das instituições, o que a deixava mais suscetível a risco de irregularidades, sem contar o gasto excessivo de horas dos servidores dedicados aos trâmites dos processos físicos.

Há dois anos, a prefeitura de Florianópolis decidiu investir em uma tecnologia desenvolvida por catarinenses do Vale do Itajaí que informatizou o sistema, deu agilidade e transparência, e facilitou a comunicação com as instituições sociais.

O sistema de gestão de projetos Bússola Social já é usado por grandes organizações de todo Brasil como o Instituto Mano Down e o Beleza Interior do poeta Bráulio Bessa.

Para se ter uma ideia do tamanho do impacto, só em 2020, 84 convênios firmados entre a Prefeitura de Florianópolis e Organizações da Sociedade Civil (OSC), para o repasse do total de R$ 30 milhões em recursos públicos, tramitaram com transparência, organização, e economia de tempo e recursos humanos tanto para as instituições quanto para o cofre público municipal.

 

Giunco Júnior e Vinícius Schlup, cofundador e diretor de tecnologia, analisando os gráficos gerados pela ferramenta | Foto Divulgação/Bussola Social

Recursos

Foram R$ 6,1 milhões em 26 projetos de educação, R$ 10,3 milhões em 14 programas de educação infantil, R$ 881,6 mil em sete trabalhos sociais voltados para a saúde, R$ 398,4 mil em quatro projetos de acolhimento a idosos, R$ 2,6 milhões em dois programas que atuam no acolhimento de pessoas em situação de rua, R$ 336,9 mil em um trabalho que envolve pessoas com deficiência física, mais R$ 2,6 milhões com sete projetos de acolhimento social, R$ 5,6 milhões em 16 trabalhos de convivência e fortificação de vínculos de crianças e adolescentes, e R$ 1,5 milhão em sete projetos de habilitação e reabilitação de jovens.

Segundo o contador Sandro José da Silva, que é subcontrolador de gestão da Prefeitura de Florianópolis, o Bússola Social foi implantado em diferentes setores municipais que fazem a gestão dos projetos sociais, o que tem facilitado a integração das secretarias.

“Possibilita observar de maneira muito mais fácil se existem despesas em duplicidade”, apontou o contador.

Para a chefe do Departamento de Contratos da Secretaria de Saúde, Angra da Silva Laurindo, outra vantagem proporcionada pelo Bússola Social é a possibilidade de acessar a ferramenta de qualquer lugar, até mesmo do celular.

“O sistema nos notifica do envio de documentos pelas organizações, o que faz com que tenhamos mais agilidade, resposta rápida e maior controle”, detalhou.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.