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Startup aposta em pílula para “limpar” o cérebro e prolongar a vida

Foto: ChatGPT

Por: Ewaldo Willerding Neto

15/09/2025 - 11:09 - Atualizada em: 15/09/2025 - 11:39

A Retro Biosciences, fundada em 2021 com um aporte de US$ 180 milhões do CEO da OpenAI, Sam Altman, prepara o primeiro ensaio clínico de uma molécula experimental chamada RTR242. O objetivo é ousado: reativar a autofagia, processo natural de “reciclagem” celular que perde eficiência com o envelhecimento. Quando esse mecanismo falha, proteínas defeituosas se acumulam no organismo e estão associadas a doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.

A proposta do medicamento é religar esse “modo faxina” do corpo, reduzindo o acúmulo de proteínas tóxicas e, potencialmente, reverter quadros iniciais de Alzheimer. A ambição vai além: acrescentar até 10 anos de vida saudável à população. Para comparação, estimativas indicam que a cura do câncer elevaria a expectativa média em cerca de três anos, e a das doenças cardíacas, em quatro.

Além da pílula, a Retro investe em tratamentos com células-tronco para regenerar sangue e sistema nervoso e desenvolve, em parceria com a OpenAI, inteligências artificiais capazes de projetar novas proteínas em laboratório. O interesse é estratégico: segundo a OMS, em 30 anos o número de pessoas com mais de 60 anos deve dobrar no mundo. Para o Vale do Silício, a resposta a esse desafio demográfico não está na aposentadoria, e sim na biotecnologia.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.