Setembro Verde: mês da conscientização e incentivo à doação de órgãos

Foto: IA/Freepik

Por: Milena Natali

26/09/2024 - 07:09

Setembro Verde é o mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos, campanha que traz esperança para milhares de pessoas no País. A cor verde, símbolo da vida e renovação, reflete o desejo dessas pessoas de voltar a viver com saúde.

Uma dessas histórias é da corupaense Sibele Moretti, de 42 anos. Ela foi diagnosticada com fibrose cística, enfrentou por anos uma luta diária pela sobrevivência, até que um transplante de pulmão realizado há poucos dias veio para trazer esperança de uma vida melhor.

Até recentemente, Sibele vivia com apenas 22% da capacidade pulmonar, o que tornava tarefas simples, extremamente difíceis. A espera por um pulmão compatível foi longa, mas no dia 20 de setembro, ela finalmente recebeu a notícia que tanto esperava: havia um doador.

A cirurgia, que durou cerca de 11 horas e foi um sucesso. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Sibele compartilhou sua felicidade. “Estou respirando sem aparelhos, este é um dos dias mais felizes da minha vida. Agradeço por todo o apoio e orações que recebi, sem dúvida, a doação me salvou”, comentou.

Foto: Arquivo pessoal

SC é referência

Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Santa Catarina possui a segunda maior taxa de doação, com 40,7 por milhão de população (pmp), registrada no primeiro semestre de 2024, contrastando com a taxa nacional em 19,5 pmp. A não autorização das famílias no estado também é uma das menores com 35%, enquanto que a média nacional está em 45%.

Ainda de acordo com a ABTO, mais de 60 mil pessoas estão na fila de espera por um transplante, sendo 43,7 mil delas à espera de órgãos sólidos, como coração, fígado, rim e pulmão. Em 2023, foram realizados 24.656 transplantes, sendo 3.524 de órgãos sólidos, números que, embora expressivos, não são suficientes para reduzir a fila. A cada ano, cerca de 6 mil pessoas morrem esperando por um órgão.

O Setembro Verde é um convite para que as pessoas reflitam sobre a importância da doação de órgãos e tomem a decisão de se tornar doadoras. Informar-se, conversar com a família e registrar esse desejo é um ato de generosidade que pode mudar a vida de muitas pessoas, assim como aconteceu com Sibele Moretti. O simples gesto de dizer “sim” à doação é capaz de dar a outros a chance de recomeçar, enquanto Sibele celebra o começo de uma nova fase em sua vida, milhares de pessoas aguardam pela oportunidade de contar histórias semelhantes.

 

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Milena Natali

Redatora de entretenimento e cotidiano.