Sepultamento de pets no mesmo jazigo de humanos. Isso pode?

Foto: Criado por IA/OCP News

Por: OCP News Florianópolis

28/06/2024 - 12:06

Um projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores de Apucarana, no Norte do Paraná, está causando polêmica. Aprovado por 7 votos a 2, a proposta permite o sepultamento de animais de estimação nos mesmos jazigos dos humanos. O texto agora vai para sanção do prefeito Junior da Femac (MDB). Representantes da Igreja Católica são contra a medida. As ninformações são do portal Tnonline.

“O sepultamento destina-se aos animais de estimação da família do proprietário ou concessionário da campa, jazigo, gaveta, carneiras ou local especifico”, diz o projeto, de autoria do vereador Luciano Molina (Agir), presidente da Casa. Segundo o texto, as despesas com o enterro do animal doméstico serão de responsabilidade da família do proprietário ou concessionário, que terá que tomar todas as providências com relação ao sepultamento.

Na justificativa da proposta, o vereador diz que muitas pessoas consideram os pets como integrantes da família. “O amor e respeito aos animais não humanos cresce muito em nossa sociedade e, atualmente, temos muitos animais que são considerados, praticamente, membros das famílias humanas. Quando ocorre o falecimento de um animal muito amado, há dificuldades para se dar o encaminhamento respeitoso que ele merece”.

Segundo ele, o projeto é autorizativo para as pessoas que quiserem enterrar no mesmo jazigo. “Não é um projeto inédito, já existe em Campinas, Indaiatuba, Matão (em São Paulo) e no estado de Santa Catarina. É autorizativo: faz quem quer”, assinalou o autor do projeto.

O monsenhor Roberto Carrara, padre da Diocese de Apucarana, também criticou o projeto. “Não há necessidade de fazer isso, pois existem outras maneiras de nos despedirmos dos animais domésticos. O cemitério é um lugar para sepultarmos seres humanos e não animais”, destaca.

Carrara também defende que o sepultamento de animais deveria ser realizado em um cemitério específico, como existem em outros locais. “Poderiam arrumar outro lugar para sepultar os animais, pois essa possibilidade existe. Não vejo razão para que os animais sejam sepultados junto com os humanos”, pontua.

 

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