O menino Rodrigo Sebastião Wolff, de 14 anos, e sua família vivem inúmeros desafios diários. Portador de paralisia cerebral, retardo mental grave, autismo, hidrocefalia e epilepsia, o adolescente não fala e não anda, por isso necessita de cadeira de rodas para se locomover. A que ele usa precisa ser trocada, mas a família não tem condições financeiras de adquirir a cadeira, que custa por volta de R$ 3,7 mil. Também se faz necessária uma cadeira adaptada para automóvel, que tem custo médio de R$ 3,5 mil. Por isso, está sendo feita uma campanha de arrecadação de recursos para compra dos equipamentos.
Rodrigo mora em Jaraguá do Sul com a mãe, Tatiane Barbi de Alcântara, dona de casa, 36 anos, o padrasto, Márcio Moura, pedreiro, 47 anos, e suas irmãs, Nicoli, de 9, e Eduarda, de 4. O irmão gêmeo de Rodrigo, Kauan Wolff, que era cego e também tinha hidrocefalia, faleceu há oito anos.
Cirurgia não aliviou sofrimento
Há cerca de quatro anos, Rodrigo foi submetido a uma cirurgia no fêmur e recebeu placas e três parafusos de platina. No entanto, ao contrário do que se esperava, o procedimento não melhorou a qualidade de vida do menino, que agora não consegue se mover do lado esquerdo. Em função disso, foi preciso comprar uma cadeira de banho especial que custou R$ 2.500.
Uma radiografia da bacia de Rodrigo apontou subluxação do quadril esquerdo (que significa um desalinhamento da articulação) e placas metálicas femorais com encurvamento lateral femoral à esquerda, o que explica a dor que ele sofre nesta parte do corpo. De acordo com Tatiana, é bem provável que tenha que ser feita uma nova cirurgia.
Rotina familiar
Tatiana conta que de manhã Rodrigo frequenta a Apae e que quando ele volta para casa já está tudo limpo e o almoço pronto. “Meu filho me ensinou a ser quem eu sou, a ter amor e ser responsável”, diz Tatiana, que também destaca a dedicação do marido, padrasto de Rodrigo, que o trata como um verdadeiro filho. “Desde quando o Kauan era vivo, o Márcio dedica sua vida aos filhos, coisa que o pai biológico nunca fez”, lamenta. As irmãs Nicoli e Eduarda também “adoram o mano, cuidam e se dedicam. É um amor incondicional”, diz.
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