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Representação ética é aberta pelo Conar contra propaganda da Volkswagen com Elis Regina

Foto: Reprodução/Volkswagen

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

11/07/2023 - 13:07 - Atualizada em: 11/07/2023 - 13:23

Uma representação ética foi aberta pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária contra a campanha publicitária de 70 anos da Volkswagen, que traz de volta a vida, a cantora Elis Regina, por meio de “ferramenta tecnológica e Inteligência Artificial (IA)”. A cantora faleceu em janeiro de 1982 após ter uma parada cardíaca depois consumir uísque, cocaína e tranquilizantes,

Elis aparece na propagando publicitária ao lado de sua filha, a também cantora Maria Rita. Mãe e filha cantam juntas a música “Como Nossos Pais” dando a ideia de que Elis estaria viva atualmente.

Segundo o Conar, a representação foi motivada por queixas de consumidores.

“O Conar abriu hoje, 10 de julho, representação ética contra a campanha ‘VW Brasil 70: O novo veio de novo’, de responsabilidade da VW do Brasil e sua agência, AlmapBBDO, motivada por queixa de consumidores”, diz a nota enviada à CNN.

Ainda segundo o Conar, foi questionado pelos consumidores se é ético ou não utilizar IA com o objetivo da propaganda, apontando questões sobre o “respeito à personalidade e existência da artista, e veracidade”.

A questão deverá ser examinada à luz do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, em particular os princípios de respeitabilidade.

A representação ainda questiona se, com a propaganda da Volkswagen, há a possibilidade de causar confusão entre ficção e realidade para algumas pessoas, principalmente crianças e adolescentes.

Nas próximas semanas será julgada a representação por uma das Câmaras do Conselho de Ética do Conar, garantindo-se o direito de defesa ao anunciante e sua agência. Na regra, o julgamento é concluído aproximadamente 45 dias depois da abertura da representação

É informado pelo Conar, que denúncias de consumidores são aceitas, assim como outras manifestações sobre a peça publicitária, bastando apenas que sejam identificadas. Seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a identidade dos denunciantes é protegida.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).