Cultuado por milhões de pessoas como a reencarnação do Buda da Compaixão, Dalai Lama, cujo nome é Tenzin Gyatso, é considerado atualmente, segundo a tradição religiosa, a 14ª manifestação da santidade.
Em 1989, ele recebeu o prêmio Nobel da Paz por sua dedicação à libertação não violenta do Tibete. No entanto, esteve envolvido em algumas polêmicas durante sua vida, sendo que a mais recente aconteceu nesta semana, quando viralizou um vídeo dele beijando um menino na boca e supostamente pedindo que a criança “chupasse” sua língua.
Veja algumas controvérsias do líder budista
Em 2014, o jornal alemão Die Welt publicou uma entrevista com o Dalai Lama em que ele sugere acabar com a tradição de escolher um líder espiritual para o povo tibetano. O artigo gerou discussões sobre se ele estava declarando que não reencarnaria, mas, mais tarde, fez um esclarecimento durante uma entrevista à BBC, dizendo que “cabe ao povo tibetano” se outro Dalai Lama surgirá após sua morte.
Em 2018, sugeriu que a Europa deveria ser mantida para os europeus, ao falar sobre o aumento do nível de refugiados africanos entrando no continente. O líder espiritual afirmou que a Europa deveria acolhê-los e oferecer-lhes educação e treinamento, mas, em outro comentário, avaliou que os migrantes devem retornar à “sua própria terra”, com apenas “um número limitado” autorizado a permanecer no continente. “Toda a Europa (irá) eventualmente se tornar um país muçulmano? Impossível. Ou país africano? Também impossível”, comentou, acrescentando que é melhor “manter a Europa para os europeus”.
Em 2019, Dalai Lama afirmou em uma entrevista para a BBC que, se uma mulher fosse sucedê-lo, ela “deveria ser mais atraente”. Em comunicado à época, seu escritório pontuou: “Sua Santidade genuinamente não quis ofender. Ele lamenta profundamente que as pessoas tenham se machucado com o que ele disse e oferece suas sinceras desculpas”.
Seus representantes destacaram que o líder espiritual se opõe à objetificação das mulheres e apoia a igualdade de gênero; sob sua liderança, monjas tibetanas no exílio ganharam graus Geshe-ma – um alto nível de bolsa anteriormente reservado apenas para monges do sexo masculino.
Ele já havia dito à emissora britânica em 2015, entretanto, que um futuro Dalai Lama poderia ser uma mulher, mas teria que ser bonito ou “não [seria] muito útil”.
Em 2022, ele criticou a “guerra contra o terrorismo” liderada pelos Estados Unidos, pontuando que o uso da força para derrotar os criminosos ignora os problemas subjacentes que levam ao terrorismo.