Quem são as vítimas do submersível que implodiu rumo ao Titanic?

Em sentido horário, começando pelo canto superior esquerdo: Hamish Harding, Stockton Rush, Suleiman e Shazada Dawood e o oceanógrafo Paul-Henry Nargeolet. Arquivos pessoais

Por: Pedro Leal

23/06/2023 - 10:06 - Atualizada em: 23/06/2023 - 10:57

A empresa OceanGate confirmou nesta quinta-feira (22) que os cinco tripulantes do submarino que estava em uma expedição turística para ver os destroços do Titanic morreram. O submersível sumiu no domingo (18) e os destroços foram encontrados nesta quinta. De acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos, o veículo implodiu.

A OceanGate cobra US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro por um lugar em sua expedição para ver os destroços do Titanic, que naufragou em 1912.

Na semana passada, a empresa começou a quinta “missão” aos destroços do Titanic, de acordo a página da empresa na internet. A viagem tinha previsão de durar oito dias e terminaria na próxima quinta-feira.

As vítimas foram:

Shahzada Dawood, empresário paquistanês, e o seu filho Suleman Dawood. Dawood é o vice-presidente de um dos maiores conglomerados do Paquistão, a Engro Corporation, que tem investimentos em fertilizantes, fabricação de veículos, energia e tecnologias digitais. Ele vivia na Grã-Bretanha com esposa e dois filhos.

A tia de Suleman, Azhmed Dawood informou a rede NBC que o jovem estava “apavorado” com a ideia de viagem, mas aceitou ir para fazer um agrado ao pai pois a viagem caia na data em que o Dia dos Pais é celebrado no Reino Unido.

Hamish Harding, um bilionário empresário e explorador britânico. Ele é cofundador e presidente da Action Aviation, uma empresa especializada em serviços de aviação e aeroespaciais.

O enteado de Harding afirmou no Facebook que o padrasto estava “desaparecido em um submarino” e pediu orações.

O próprio Harding havia postado no Facebook, no domingo, que estaria a bordo do submarino.

Paul-Henry Nargeolet, também estaria no submarino, segundo o “The Guardian” e a BBC. O ex-comandante da Marinha francesa que é considerado o principal especialista no local do naufrágio, de acordo com veículos de comunicação do Canadá e da Inglaterra.

A última vítima foi Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate. Rush participou do desenvolvimento das embarcações submersíveis da OceanGate, incluindo o Titan, o submarino que desapareceu. Declarações prévias de Rush ganharam ares premonitórios após a tragédia – o empresário afirmou em entrevistas antigas ter “violado regras”, como fazer o casco do submarino em um misto de fibra de carbono e titânio – combinação sujeita a corrosão galvânica.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).