O bem-estar alimentar das crianças da rede municipal de educação é preocupação vigente em Jaraguá do Sul. Neste segundo semestre de 2023, foi aprovada lei municipal que permite que crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e alunos com restrições alimentares levem sua própria comida para o ambiente escolar. A lei já entrou em vigor nas escolas municipais.
Segundo o governo municipal, cerca de 350 alunos na rede municipal atualmente precisam de uma dieta específica, sem contar os que são seletivos na alimentação. Todos os alunos com um laudo médico podem trazer sua própria comida de casa, contanto que seja uma opção saudável e nutritiva. Uma equipe de nutricionistas da Secretaria de Educação avalia cada pedido de alimentação especial feito pelas famílias.
Alguns alimentos vencedores de processos de concorrência para compra de alimentos especiais para a rede | Foto: Divulgação / PMJS
A flexibilização da alimentação ofertada aos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma prática realizada através de reunião com os pais, professores e nutricionistas, para melhor compreensão da situação alimentar da criança e qual a melhor forma de atender a essa situação.
O Setor de Alimentação da secretaria procura evoluir a aceitação dos alimentos, para contribuir com a saúde do aluno e também promover a socialização nos momentos de refeição.
“Quando possível, são utilizados os alimentos disponíveis nas unidades escolares, mas, quando necessário, é permitido que os pais forneçam alimentos específicos pelos quais o aluno apresenta seletividade”, detalha a secretária de Educação Emanuela Wolff.
Ações desenvolvidas na área nutricional da rede
Há o incentivo à manutenção do aleitamento materno, seja por meio da disponibilidade de a mãe ir ao centro de educação infantil realizar a amamentação, seja pela oferta do leite materno que as mães levam ao centro para ser ofertado ao seu filho, conforme orientações de armazenamento e transporte adequados.
Para os alunos que necessitam de dietas específicas em razão de patologias como intolerância à lactose, alergia à proteína do leite, doença celíaca, diabetes, fenilcetonúria, alergias alimentares e outras situações relacionadas, há envio de alimentos específicos de substituição. Para cada caso, há um cardápio adaptado a cada patologia, elaborado pela equipe de nutricionistas da secretaria de Educação.
Foto: Divulgação PMJS
Diariamente, os alunos usufruem de um cardápio variado, com oferta regular de frutas, verduras e legumes, assim como carnes e laticínios de qualidade, conforme regulamentação da Resolução nº 06 de 2020, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Para o fornecimento de alimentação no período de outubro de 2023 até o fim de março de 2024, estão sendo investidos R$ 4,6 milhões, sendo R$2,02 milhões de produtos da agricultura familiar. Entre os produtos fornecidos pelas cooperativas estão biomassa de banana verde, que contribui para o consumo de fibras benéficas para o sistema digestivo, além de ser fonte de diversas vitaminas e minerais.
Com a intenção de melhorar a imunidade das crianças, foi iniciada no ano de 2022 a inclusão de probióticos nas preparações, que apresentam o benefício de melhorar a saúde do sistema digestivo, contribuindo para a melhor absorção de nutrientes.
Também são realizadas ações de educação nutricional, em que os alunos são estimulados a ter um olhar mais participativo na própria alimentação, comprometendo-se a experimentar novos alimentos, muitas vezes desconhecidos. São trabalhados assuntos de forma lúdica para mostrar a importância das frutas, verduras e legumes. Turmas de maternal, pré e 5º ano recebem abordagens especiais sobre o tema.
