O sol extremo, ventos, salinidade e solo com poucos nutrientes formam um ambiente muito sensível e belo de Florianópolis: as restingas. Um experimento executado há pouco mais de um ano no Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição está produzindo conhecimentos e diretrizes para a restauração desse ecossistema típico do litoral.
O Projeto Restaura Restinga é desenvolvido pela equipe do Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (LEIMAC) da UFSC. O trabalho conta com recursos de uma força-tarefa entre Casan, Fapresc e UFSC, que direcionam recursos para mais de 20 pesquisas para avançar o conhecimento relacionados à Lagoa da Conceição.
Mais verde nas dunas
No local onde a vegetação de dunas estava degradada por plantas que não são da região, como eucaliptos (planta com origem na Austrália, Tasmânia e outras ilhas da Oceania) e chefleras (planta asiática), é possível observar o ambiente se recuperando.
Já foram realizados levantamentos da vegetação local, retirada de plantas exóticas, coleta de sementes e plantio de espécies que naturalmente se desenvolvem nas dunas. O material coletado está também permitindo o cultivo de mudas no viveiro municipal da Lagoa do Peri. A equipe ainda trabalha avaliando a regeneração da vegetação, a sobrevivência e o crescimento das mudas plantadas na área de estudo.
“Esperamos que os resultados possam servir como base para a restauração de outras áreas de restinga e para informar as pessoas sobre a importância desse ecossistema que tem relação com a cultura e a economia de Florianópolis, mas que tem sido ameaçada constantemente pelo avanço da ocupação humana”, explica a professora.
“Esse é apenas um dos projetos que conta com recursos da Casane que busca avançar nos conhecimento para um desenvolvimento mais equilibrado da Lagoa da Conceição, um local de grande importância para Florianópolis e também para nosso Estado”, complementa o coordenador da área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Casan, Felie Góes.