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Principal atração da Semana da Banana, fruta movimenta economia de Corupá

Por: Elissandro Sutil

17/08/2017 - 06:08 - Atualizada em: 26/04/2018 - 15:49

Com uma produção de banana que chega a 155 mil toneladas por ano, Corupá iniciou nesta quarta-feira (16) uma semana onde a fruta é a principal atração. O evento marca o Dia da Banana, celebrado na próxima segunda (21), para valorizar uma das principais atividades econômicas do município.

Corupá é a Capital Catarinense da Banana, possuindo 5.500 hectares de área plantada e aproximadamente 650 produtores, responsáveis por produzir cerca de oito milhões de pés anualmente. A cidade ainda detém a Indicação Geográfica (IG) de banana mais doce do Brasil.

Os eventos da semana serão concentrados na Praça Artur Müller, no Centro, envolvendo produtores, comerciantes, técnicos, estudantes e moradores. As escolas também receberão palestras sobre bananicultura, com o objetivo de demonstrar aos jovens a importância do cultivo para o desenvolvimento do município. “A bananicultura é o carro chefe da nossa economia, devendo ser valorizada e mantida nos próximos anos”, avalia o prefeito, João Gottardi.

A programação da semana conta com apresentações de trabalhos ligados ao cultivo, exposição de bananas e produtos, mostra de artesanato, espetáculos teatrais e de dança, atividades e brincadeiras para crianças e concurso da logomarca e slogan do Dia da Banana.

Para provar que a fruta é saborosa e pode ser utilizada em diferentes receitas, o evento promove um festival gastronômico com pratos à base de banana nos restaurantes e lanchonetes de Corupá. Outro evento voltado às delicias envolve um prato tradicional e a criatividade. O primeiro concurso de cucas de banana está marcado para ocorrer no sábado (19), a partir das 16h. A melhor receita da iguaria será definida pelos jurados.

Cidade produz cerca de oito milhões de pés de banana anualmente e celebra a atividade com eventos gastronômicos | Foto Eduardo Montecino OCP

Neste dia, food trucks também estarão no Centro da cidade comercializando alimentos. Outra atração é a segunda edição do Banana Bike e do Pedala + Corupá, que percorrerá cerca de 60 quilômetros entre as 8h30 e 12h de domingo.

A Semana da Banana é organizada pela Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco) e Cooper Rio Novo, com o apoio da Prefeitura de Corupá, Câmara de Vereadores, Secretaria do Estado da Agricultura e Pesca, Agência Regional de Desenvolvimento (ADR), Epagri, Cidasc e Associação Empresarial de Corupá (Aciac).

CONDIÇÕES QUE FAVORECEM O CULTIVO DA FRUTA

De acordo com o engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Rural e do Meio Ambiente, Lucas Trevisan, o formato do relevo na região e as condições climáticas favorecem a bananicultura no município. O cultivo da fruta, segundo ele, representa em torno de 19% da atividade agrícola de Corupá.

O cultivo familiar também prevalece na cidade, atingindo cerca de 90% do total. As propriedades têm em média oito a dez hectares. “A economia da cidade é movida pela produção de banana, se ela vai bem, o comércio e demais serviços também conquistam bons resultados”, comenta Trevisan.

Um dos pontos destacados pelas autoridades presentes na cerimônia de abertura do evento foi o associativismo entre os agricultores, que resulta em melhorias e investimentos para o setor. Conforme a diretora executiva da Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco), Eliane Muller, a entidade conta atualmente com 401 integrantes, dos 650 produtores.

Corupá aguarda a confirmação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) de reconhecimento do título de banana mais doce por natureza do país. O estudo com as análises que comprovam o fato foram produzidos pela Epagri, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Eliane explica como os agricultores conseguem produzir a fruta mais adocicada. “A banana é uma fruta tropical, que deve ser cultivada entre zero e 40°C. Aqui, a média de temperatura fica em 30°C, o que resulta em um período de 120 dias a mais no pé. Este tempo gera um acúmulo maior de amido, que é revertida em açúcar naturalmente”, aponta.

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP