Poluição luminosa pode aumentar risco de Alzheimer

Por: Priscila Horvat

20/09/2024 - 16:09 - Atualizada em: 20/09/2024 - 16:55

Um novo estudo do Rush University Medical Center, em Chicago, sugere que a poluição luminosa noturna pode ser um fator de risco significativo para a doença de Alzheimer, especialmente em pessoas com menos de 65 anos.

Publicada na revista Frontiers in Neuroscience, a pesquisa analisou mapas de poluição luminosa em 48 estados dos Estados Unidos e revelou que, para a população acima de 65 anos, a prevalência de Alzheimer estava mais relacionada à poluição luminosa do que a outros fatores, como alcoolismo e obesidade.

Para os mais jovens, a exposição à luz noturna apresentou uma associação ainda mais forte, levantando a hipótese de que eles podem ser mais sensíveis aos efeitos da luz artificial, principalmente porque os mais jovens tem maior tendência a seguir um estilo de vida com hábitos noturnos em grandes centros urbanos.

A iluminação indicada no estudo, em especial, se refere às de placas, estradas, iluminação pública e às de publicidade.

Além disso, a exposição à luz dentro de casa pode ser tão importante quanto a exposição à luz externa.

Embora o estudo não tenha examinado os efeitos da luz interna, especialistas alertam que a iluminação em casa, especialmente a luz azul, proveniente de telas, pode impactar negativamente a saúde.

A poluição luminosa costuma ser frequentemente vista apenas como uma questão ambiental ou estética.

No entanto, os efeitos da exposição prolongada à luz artificial durante a noite podem ser muito mais profundos e causar impactos diretos, por exemplo, no sono.

A pesquisa destaca a importância de conscientizar a população sobre os riscos associados à poluição luminosa e sugere que mudanças simples, como o uso de cortinas opacas, blecautes ou máscaras para dormir, podem ser eficazes, especialmente em áreas urbanas com alta poluição luminosa.

Outras ações simples de adaptar são utilizar filtros de luz azul, trocar as lâmpadas para opção de luz quente e instalar dimmers (dispositivos que permitem controlar a intensidade da luz das lâmpadas).

As perturbações no ritmo circadiano causadas pela luz artificial podem desencadear inflamações e aumentar a suscetibilidade a doenças, incluindo Alzheimer.

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