Polêmica: restaurante cobra taxa extra de clientes com “crianças gritando ou descontroladas”

Foto: Imagem ilustrativa/Pixabay

Por: Elisângela Pezzutti

04/10/2023 - 11:10 - Atualizada em: 04/10/2023 - 12:54

Um restaurante de Cingapura, chamado Angie’s Oyster Bar & Grill, adotou uma medida polêmica que atinge clientes com crianças.

“Gostaríamos de informar que não temos nenhuma cadeira de bebê disponível, pois não somos um restaurante para crianças”, informa o aviso enviado a clientes do estabelecimento ao fazerem a reserva.

“Sobretaxa para crianças gritando: todas as crianças são bem-vindas para jantar no Angie’s. No entanto, crianças gritando/descontroladas, perturbando outros clientes NÃO serão toleradas. Será cobrada uma taxa de US$ 10. Ansiosos pelo seu retorno”, informa o restaurante.

Segundo os proprietários, a medida foi adotada depois de inúmeras reclamações de clientes. “Antes da introdução desta política, recebíamos comentários ou reclamações de outros clientes semanalmente”, explicaram em entrevistas à mídia local.

Foto: Reprodução redes sociais

Muitas críticas

O informe do restaurante aos clientes viralizou nas redes e a página de comentários do Google do Angie’s Oyster Bar & Grill recebeu uma série de comentários de pessoas inconformadas com o tratamento do estabelecimento com as pessoas que tem filhos. “Discriminação não apenas contra a famílias com crianças, mas também a famílias com crianças com necessidades especiais”, escreveu um usuário que deu ao restaurante uma avaliação de apenas uma estrela.

No site TripAdvisor, uma mãe afirmou que desistiu de jantar no restaurante depois de receber o aviso. “Queríamos voltar no Angie, então fizemos uma reserva e indicamos que levaríamos nosso filho”, escreveu ela.

“Eles nos retornaram, informando que não era um restaurante para crianças e que haveria uma sobretaxa se uma criança estivesse ‘gritando/descontrolada’ e que isso ‘NÃO seria tolerado’. Esta foi a primeira vez que fomos informados sobre isso, embora já tivéssemos ido lá em outras ocasiões. Embora eu entenda que uma criança gritando pode perturbar outros clientes, acho que Angie poderia ter adotado uma abordagem mais educada. Fiquei bastante desanimada com a resposta. Acho que não vamos voltar”, concluiu.

O estabelecimento respondeu ao comentário explicando as razões pelas quais a medida foi adotada.

“Nos últimos meses, recebemos um número crescente de reclamações de crianças correndo desacompanhadas ou perturbando outras mesas durante o período de serviço… Por causa dessas experiências, sentimos que não tínhamos escolha a não ser impor uma ‘penalidade’ para lidar com situações tão infelizes”, detalhou o restaurante. O que você acha?

*Com informações de Melhor com Saúde

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.