Nesta segunda-feira (25), foi selado um importante acordo para os trabalhadores das mais de 120 empresas das indústrias químicas e farmacêuticas de Criciúma e região. O piso salarial da categoria será reajustado em 5,5%, um aumento de quase 2% além da inflação anual do setor. Além disso, para aqueles que já ganham acima do piso, o reajuste será de 4,5%, quase 1% de aumento real.
A negociação que resultou na convenção coletiva de trabalho foi concluída em uma rodada de discussões realizada na sede do Sinquisul, o sindicato patronal da indústria química. Este acordo, retroativo a 1º de agosto, garantirá que a diferença salarial seja quitada no próximo pagamento.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre 1º de agosto de 2022 e 31 de julho de 2023 totalizou 3,53%. A diretoria do sindicato profissional, preocupada com a segurança e a saúde dos trabalhadores, concentrou esforços para melhorar o piso salarial da categoria, buscando aproximar-se do menor salário pago nas indústrias plásticas.
Enquanto as empresas de embalagens e descartáveis plásticos estabeleceram um piso salarial de R$ 1.975,20 desde abril deste ano, na indústria química, o menor salário era de R$ 1.830,28. Com o reajuste de 5,5%, este valor aumenta para R$ 1.930,94. Os sindicatos de trabalhadores e patronal concordaram em retomar essa discussão em 2024, com a esperança de igualar o piso salarial das duas categorias.
“Embora tenha sido uma negociação mais demorada do que no ano passado, foi também mais dinâmica no processo de decisão, com o sindicato patronal assumindo uma proposta que fosse aceitável para os trabalhadores, maior do que a definida entre os patrões”, afirmou o presidente Carlos de Cordes, conhecido como Dé.
O Programa de Participação nos Resultados (PPR), previsto na convenção coletiva, também terá um reajuste de 4,5%. Durante a rodada de negociação, Carlos de Cordes esteve acompanhado dos diretores Jorge Bittencourt, Maria Helena Aguiar e Luciano Flores Eduardo, além do assessor jurídico Edson Mendes de Oliveira.
Esses mesmos índices acordados em Criciúma também terão validade na região de Tubarão, uma vez que o mesmo sindicato patronal representa as empresas de ambas as áreas. O presidente do sindicato dos trabalhadores da região de Tubarão, Geovani de Souza, participou da rodada e concordou com as bases estabelecidas.
