Um dado que preocupa: 97% das mulheres já confirmaram ter sido vítimas de assédio sexual no transporte público e 71% conhecem alguma mulher que já sofreu assédio em espaços públicos. É o que diz uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (18), pelo Instituto Patrícia Galvão Locomotiva, em parceria com uma empresa de transporte por aplicativo.
O levantamento, realizado em fevereiro de 2019, ouviu 1.081 mulheres em diversas regiões do país que utilizam o transporte coletivo. A pesquisa revelou que 72% das entrevistam confirmaram que o tempo de locomoção entre a casa e o trabalho influenciam na decisão de aceitar um emprego. 46% das entrevistadas não se sentem confiantes para usar meios de transporte sem sofrer assédio sexual.
Cenário preocupante
A segurança no meio de locomoção é o fator que mais preocupa as mulheres, que relatam situações das mais variadas, passando por olhares insistentes, cantadas indesejadas, comentários de cunho sexual, perseguição, e até mesmo passadas de mão ou homens que se esfregam no corpo da mulher se aproveitando da lotação. As citações de assédio no transporte público são mais numerosas do que nas outras alternativas.
Entre as entrevistadas, 55% consideram que a denúncia dos abusadores é mais fácil no caso dos transportes por aplicativo, sendo esse meio, para 45%, o que dá mais chances de que os assediadores sejam punidos.
Para 91% das consultadas, o transporte por aplicativo melhorou sua capacidade de locomoção pela cidade e 94% afirmam que se sentem mais seguras sabendo que, se precisarem, podem chamar um transporte desse tipo para voltar para casa.
Com informações Agência Brasil
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