Pesquisa de universidade de SC comprova ineficácia do Kit Covid

Daisson José Trevisol recebeu prêmio por pesquisa sobre Kit Covid – Foto: Unisul/Divulgação

Por: OCP News Criciúma

28/06/2024 - 10:06 - Atualizada em: 28/06/2024 - 10:51

Pesquisadores da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) foram premiados no Congresso Mundial de Pesquisa Farmacêutica e Toxicologia, na Suíça, com o trabalho que comprovou a ineficácia do Kit Covid como forma preventiva de combater a doença. Desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, a pesquisa foi apresentada pelos professores Daisson José Trevisol e Fabiana Schuelter Trevisol.

Os dois foram os únicos brasileiros no evento. O World Congress on Pharmaceutical Research and Toxicology aconteceu no final de maio e reuniu cientistas de países como Inglaterra, Arábia Saudita, China, França, Estados Unidos, Índia, entre outros.

“Em relação ao estudo da Covid, verificamos que não houve diferença estatisticamente significativa nos desfechos; ou seja, o tratamento precoce não melhorou as taxas de óbito ou alta hospitalar. Portanto, tomar ou não o kit Covid na época não influenciou os resultados relacionados ao óbito, sem oferecer vantagem ou desvantagem“, afirma o professor Daisson.

Os professores apresentaram de forma oral o trabalho desenvolvido em conjunto com estudantes Fabiana Schuelter-Trevisol, Rafaela Bittencourt Flores, Gabriela de Souza Bett. Estes estudos foram reconhecidos com premiação no evento. Além destes, outros quatro trabalhos foram apresentados em painéis.

A pesquisa sobre o uso de Tratamento Medicamentoso para a Prevenção da Covid-19 abordou o monitoramento da escassez de medicamentos usando um software como ferramenta de gestão para assistência farmacêutica.

“Comparamos os que utilizaram Kit Covid antes da internação com os que não utilizaram. Avaliamos os desfechos intubação, necessidade de UTI e óbito. E podemos afirmar, de forma estatisticamente significativa, que o uso do kit não trouxe benefício para estes pacientes”, disse o pesquisador. “Houve inclusive uma tendência (quando não há diferença estatisticamente significativa mas pode estar relacionado), de quem tomou o kit ter morrido mais. Mas isso pode estar relacionado ao fato de demorar mais para ir procurar o hospital”, completou.

Para realizar a pesquisa, a equipe pegou dados de todos os pacientes internados por Covid-19 no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, no período do início da pandemia até junho de 2021.

 

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