Pescadores matam mais de 500 golfinhos em retomada de caça controversa

Divulgação/Sea Shepherd.

Por: Pedro Leal

16/06/2023 - 13:06 - Atualizada em: 16/06/2023 - 13:26

As Ilhas Faroé mataram mais de 500 golfinhos desde que a polêmica tradição de caça foi retomada em maio, disseram autoridades locais no território autônomo da Dinamarca no Atlântico Norte nesta quinta-feira.

As informações são da AFP.

A prática é conhecida como “grindadrap” ou “grind”. Os caçadores cercam as baleias-piloto e os golfinhos num semicírculo de barcos de pesca e conduzem os animais até uma baía rasa, onde ficam encalhados.

Na sequências, os pescadores matam os cetáceos a facadas.

Todo verão, as imagens da caçada sangrenta ganham manchetes em todo o mundo e provocam indignação entre os defensores dos direitos dos animais que consideram a prática bárbara.

A ONG ambiental Sea Shepherd, que conseguiu atrapalhar a caçada de 2014 com seus barcos, criticou o fato de que as embarcações da Marinha dinamarquesa estão autorizadas a intervir para impedir que os ambientalistas interrompam a caçada.

A caça ainda goza de amplo apoio nas Ilhas Faroé.

Moradores da região afirmam que os animais servem de alimento para a população local há séculos e acusam a imprensa e ONGs estrangeiras de desrespeitarem a cultura e as tradições locais.

Em 2022, o governo limitou em 500 o número de golfinhos-de-cara-branca do Atlântico que poderiam ser mortos por ano, depois que uma matança de mais de 1.400 animais provocou protestos, mesmo entre os habitantes locais.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).