As Ilhas Faroé mataram mais de 500 golfinhos desde que a polêmica tradição de caça foi retomada em maio, disseram autoridades locais no território autônomo da Dinamarca no Atlântico Norte nesta quinta-feira.
As informações são da AFP.
A prática é conhecida como “grindadrap” ou “grind”. Os caçadores cercam as baleias-piloto e os golfinhos num semicírculo de barcos de pesca e conduzem os animais até uma baía rasa, onde ficam encalhados.
Na sequências, os pescadores matam os cetáceos a facadas.
Todo verão, as imagens da caçada sangrenta ganham manchetes em todo o mundo e provocam indignação entre os defensores dos direitos dos animais que consideram a prática bárbara.
A ONG ambiental Sea Shepherd, que conseguiu atrapalhar a caçada de 2014 com seus barcos, criticou o fato de que as embarcações da Marinha dinamarquesa estão autorizadas a intervir para impedir que os ambientalistas interrompam a caçada.
A caça ainda goza de amplo apoio nas Ilhas Faroé.
Moradores da região afirmam que os animais servem de alimento para a população local há séculos e acusam a imprensa e ONGs estrangeiras de desrespeitarem a cultura e as tradições locais.
Em 2022, o governo limitou em 500 o número de golfinhos-de-cara-branca do Atlântico que poderiam ser mortos por ano, depois que uma matança de mais de 1.400 animais provocou protestos, mesmo entre os habitantes locais.