“No momento em que me tornei pai, me tornei uma pessoa mais forte. Deixei as crises de lado para oferecer segurança para meus filhos e assumir as responsabilidades que eles trazem.”
Quando conheceu Carla, com quem está casado há oito anos, o empresário Ramon Renan Kienen, 35 anos, foi logo revelando que entre seus projetos de vida estava ser pai, e logo.
Por ele, seriam umas dez crianças correndo pela casa. Mas o casal está bem feliz e resolvido com Miguel, 7 anos, e Olívia, 3. E a prole deve ficar por aí mesmo.
Crianças que foram muito desejadas e bem planejadas. Tanto que Miguel foi concebido ainda na lua de mel. Na mesma época do nascimento do filho, para se dedicar melhor a ele, o casal de empreendedores criou a Chic no Último, empresa dedicada a convites, lembranças e objetos de decoração para casamentos, que funciona junto à casa da família.
Mas entre todos os papéis de Ramon, o que chama mais a atenção é o de paizão. Ele é considerado um pai exemplar. É ele quem levanta cedo, faz o café, arruma as crianças e as leva e busca da escola.
Carla se diverte destacando que é ele quem traça e supervisiona a rotina das crianças, mas claro que sempre com o aval dela.
E além de ser este pai tão envolvido com a rotina, também é o pai companheiro e brincalhão. Ele revela que uma vez uma professora comentou que ao perguntar aos alunos com o que eles mais gostavam de brincar com seus pais acabou descobrindo que o pai que realmente brincava com os filhos era ele.
E o que ele faz? Apenas sento e brinco, sintetiza. “Como a comidinha imaginária deles”. As brincadeiras são diversas. A preferida de Miguel é de lutas com espadas, e quando se reúnem os amiguinhos dele, se unem todos contra o pai do Miguel.
E Olívia também entra na luta. E depois arrasta o papai para um cafezinho em sua casinha, que ele mesmo projetou.
Para Carla, o que faz de Ramon um pai diferente e que faz sucesso com todas as crianças, além da extrema dedicação, é a enorme paciência que ele tem. Explica dez vezes a mesma coisa, tudo de uma forma lúdica e animada.
Não é o chato que fica mandando as crianças lavarem as mãos para comer, mas o que as desafia a irem correndo para a pia para ver quem chega primeiro.
Energia e paciência com as crianças
Nem o próprio Ramon sabe de onde tirou esta fórmula de educação que está dando tão certo com os filhos. Diz que não tirou também de nenhum espelho, até porque seu pai sempre foi ausente.
Carla revela que também não foi de nenhum livro. Ela até tem um sobre educação dos filhos que indica para todos: “Por dentro da cabeça de seu filho”, mas o marido nunca o leu. Ela até sugeriu que ele faça um blog para contar sua experiência e dar dicas para os pais.
Isso mesmo, Ramon se tornou uma espécie de consultor dos pais dos amiguinhos dos filhos, que se surpreendem do quanto as crianças gostam dele e da disponibilidade em recebê-los. “Seria um excelente professor”, acredita ela.
Ramon acredita que a forma que escolheu para educar os filhos esteja dando certo. Ele e Carla têm maneiras diferentes de agir em relação às crianças.
Ela é mais rígida na cobrança de regras, enquanto o pai, apesar de ser tão organizado, diz que as regras estão aí para serem quebradas. Mas ambos concordam que criança tem que ser tratada como criança, não como mini adultos.
Ele vê os filhos como crianças bem resolvidas, verdadeiras e nem um pouco agressivas. Mas claro que nem tudo no lar dos Kienen são só brincadeiras intermediadas pelo trabalho dos pais e da equipe da empresa que eles dirigem. Dentro da rotina, a hora que os filhos chegam da escola é dedicada totalmente a eles.
O horário para dormir tem sido por volta das 21 horas, mas Miguel já estendeu a jornada até às 23h. Quanto à alimentação, o pai brinca que não é nenhum exemplo, pois as crianças não são de comer saladas.
Mas eles mantêm a base de arroz, feijão e carne e, até o momento, distância dos refrigerantes. Quando Miguel quis tomar, o pai deu água com gás e o menino não gostou.
Juntos, eles também praticam esportes – agora estão treinando muay thai – pedalam, jogam videogame.
E o que ele espera para o futuro é que assim como são crianças verdadeiras, Miguel e Olívia sejam adultos verdadeiros, bem-sucedidos e felizes.
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