Parar de correr – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

20/06/2023 - 08:06 - Atualizada em: 20/06/2023 - 13:46

Não, não estou sugerindo ou pedindo que você pare de correr, por esporte ou necessidade de saúde. O que estou sugerindo é que paremos, estou sendo abrangente, paremos de correr atrás dos ventos alheios. E por ventos alheios quero dizer imitar, ser igual ou parecido com essa turma dos “balões furados” que anda por aí se exibindo em redes sociais. E estou falando de gente metida, atores, atrizes, empresários podres de ricos, mas que são miseráveis por dentro. A turma está despudorada, uma conta como faz sexo, outra conta como foi sua primeira vez e onde, outro diz que gosta de… bah, nem digo, tudo de público, sem constrangimentos nem consequências. Agora é assim, quanto menos vergonha na cara, mais “sucesso”. Para os que ainda estão fora desse barco, mas querem nele entrar, é bom lembrar que uma pessoa se torna pequena, miserável mesmo, quando quer se igualar as outras nas aparências. Não se iluda a leitora, esses que andam por aí “se postando” todos os dias, se exibindo materialmente e enganando os “aéreos” com suas falsas felicidades, não dormem à noite. Não se iluda, não dormem à noite. – “Ah, tu estás falando isso, Prates, porque tu és pobre”! Quem pensar assim tem parcialmente razão, na conta bancária, de fato, estou muito longe da riqueza, mas podia ter sido bem diferente. Se eu contasse aqui o que já me “ofereceram” na vida, bah, daria um livro, e depois da leitura desse livro multidões me gritariam: burro, burro, burro. Burro por não ter aceitado as “ofertas”. Bom, mas a conversa é sobre correr atrás dos outros, querer ser parecido ou igual e até mesmo melhor. O passo mais imediato para quem quiser ser citado e explodir no número de seguidores e admiradores é sair dos trilhos da decência, é perder o pudor. Na decência ninguém é visto ou comentado. Uma criança que tira boas notas porque estuda não é comentada no colégio, mas o vagabundo que cola, que faz badernas, bah, esse é admirado e seguido, claro, pelos outros vagabundos, maioria… E assim no mundo dos adultos. Preste bem atenção, leitora, aos que mais têm espaço nas mídias sociais e observe bem das razões de suas “publicidades”. Gentalha no pódio. É hoje o caminho da fama, daquela fama.

 

REVIVER

O que é reviver? É viver de novo. No dicionário, vá lá, mas na vida ninguém revive nada. Lembrar é outra coisa. Mexendo em “entulhos” meus, dei de cara com uma pasta cheia de fotos, fotos de viagens internacionais, fotos com celebridades, fotos de fazer muitos suspirar de inveja… Será? E eu suspirei? Não. Fiquei foi enfarado. Fotos de grandes momentos só servem para dar inveja aos outros. Não é viver de novo, é lembrar. E lembranças, muitas vezes, não fazem bem.

 

DIFERENÇAS

Observo muito a vida alheia, bah… Noto que mulheres que já foram casadas, que enviuvaram ou foram deixadas pelos maridos não querem mais saber de casamentos. Já os homens, ô, ficar sozinhos para eles é o inferno em vida. Será que a obstinação dos homens para um novo casamento ou ajuntamento é por necessidade de “amor”? Não, é por necessidade de ter alguém que lhes cuide. Regra geral.

 

FALTA DIZER

Na cidade de Rio Grande, RS, foi inaugurada A Ponte do Amor Eterno, como muitas que existem na Europa. O casal vai lá e fixa numa tela um cadeado com seus nomes, é a celebração em “cadeado” do amor eterno. Interessante para quem vende cadeados, no mais é uma precipitação perigosa, bah!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.