Roer as unhas, um hábito comum que muitas vezes começa na infância, pode trazer riscos à saúde que vão além da estética. Conhecido como onicofagia, esse comportamento pode ser desencadeado por fatores como estresse, ansiedade, tédio ou perfeccionismo e, em alguns casos, pode evoluir para um transtorno compulsivo.
De acordo com estimativas, até 30% da população pode apresentar esse hábito em algum momento da vida. Embora pareça inofensivo, especialistas alertam para os riscos associados, que incluem infecções nas unhas e cutículas, danos dentários e até problemas digestivos, caso fragmentos das unhas sejam ingeridos.
Além disso, o contato frequente entre os dedos e a boca pode facilitar a transmissão de germes e bactérias.
Estratégias para abandonar o hábito
Parar de roer as unhas pode ser um desafio, mas algumas estratégias podem ajudar a eliminar o comportamento. Entre as principais recomendações, estão:
- Uso de barreiras físicas: bandagens, luvas ou esmaltes de sabor amargo podem desencorajar o ato de roer as unhas;
- Manter as mãos ocupadas: atividades como desenhar, tricotar ou apertar uma bola de estresse ajudam a reduzir a compulsão;
- Cuidados com as unhas: manicures regulares e o uso de hidratantes para as mãos e cutículas podem diminuir a vontade de mordê-las;
- Redução do estresse: técnicas como respiração profunda, meditação e prática de exercícios físicos auxiliam no controle da ansiedade;
- Definir metas realistas: estabelecer pequenas conquistas e celebrar o progresso pode manter a motivação.
Em casos mais graves, onde o hábito causa sofrimento ou danos físicos significativos, buscar ajuda profissional pode ser fundamental.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, tem se mostrado eficaz no tratamento de comportamentos compulsivos.
Abandonar o hábito pode levar tempo, mas, com persistência e apoio, é possível alcançar esse objetivo e garantir uma melhor qualidade de vida.