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Observatório independente aponta que Venezuela teve 86 derramamentos de petróleo em 2022

Imagem divulgada este mês mostra mancha de óleo no lago Maracaibo, o maior do país | Foto: Foto: EFE/Miguel Gutierrez

Por: Elisângela Pezzutti

07/06/2023 - 14:06 - Atualizada em: 07/06/2023 - 14:32

O relatório anual do Observatório de Ecologia Política (OEP), divulgado nesta terça-feira (6), aponta que a Venezuela registrou 86 derramamentos de petróleo no ano passado, o que significa uma média de sete por mês em sete diferentes estados do país.

De acordo com a entidade, os incidentes aconteceram nos estados de Zulia (31), Falcón (29), Anzoátegui (14), Monagas (cinco), Carabobo (três), Delta Amacuro e Portuguesa (dois cada).

De acordo com a OEP, isso afeta os ecossistemas marinhos e terrestres. Ainda segundo a entidade, “não há informações oficiais” sobre o número de barris derramados, as dimensões das áreas afetadas e as ações que foram tomadas pelo governo venezuelano para amenizar os impactos ambientais após cada incidente.

A OEP disse ainda que esses derramamentos têm “implicações diretas” tanto para as comunidades que vivem da pesca, uma vez que o petróleo danifica seus equipamentos de trabalho e os força a entrar no mar, quanto para os produtores agrícolas, que perdem o gado e suas colheitas.

“Em 2022, além dos constantes derramamentos, houve também incêndios e explosões em diferentes instalações da PDVSA [empresa estatal de petróleo]. O OEP registrou um total de dez incidentes desse tipo no país”, afirmou a organização, que explicou que, muitas vezes, após um derramamento de petróleo acontece um incêndio.

No ano passado, o observatório também registrou outros acidentes em indústrias básicas, como no estado de Bolívar, com “a dispersão de alumina calcinada [óxido de alumínio]”, uma substância que “pode causar danos ao corpo e afetar os pulmões”.

A OEP concluiu que existe “um padrão de abandono da gestão socioambiental por parte da estatal petroleira venezuelana PDVSA, o que significa que as contingências geradas pela indústria e os respectivos males que causam nas populações locais foram negligenciadas”.

*Com informações da Gazeta do Povo

 

 

 

 

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.