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O impacto do sedentarismo silencioso: quando ficar parado se torna o padrão

Por: OCP News Jaraguá do Sul

20/07/2025 - 15:07 - Atualizada em: 22/07/2025 - 16:02

Você já percebeu como o tempo passa voando quando estamos sentados? Seja diante da tela do computador, assistindo a uma série ou apenas rolando o feed nas redes sociais, muitas vezes não nos damos conta de que passamos horas imóveis. Esse comportamento, que pode parecer inofensivo em um primeiro momento, é um reflexo do sedentarismo silencioso – um padrão que vem se tornando cada vez mais comum na vida moderna.

Ao contrário do que muitos pensam, sedentarismo não é apenas a ausência completa de atividade física. Ele também se manifesta em pequenas práticas cotidianas, como evitar escadas, passar o dia inteiro sentado ou se locomover apenas de carro. Ou seja, mesmo pessoas que praticam exercícios de vez em quando ainda podem ser classificadas como sedentárias, dependendo de seus hábitos ao longo do dia.

A rotina que prende o corpo

O cotidiano acelerado das cidades muitas vezes nos aprisiona em rotinas mecânicas. Acordamos, nos deslocamos para o trabalho (geralmente sentados), passamos o dia em frente ao computador e, no final, ainda buscamos um momento de descanso que, em muitos casos, também envolve permanecer parado. Com isso, o corpo vai se habituando à inércia e o movimento deixa de ser algo natural, passando a parecer um esforço extra.

Nesse contexto, algumas pessoas começam a adotar estratégias para tentar incluir mais movimento no dia a dia. Estão surgindo aplicativos que alertam quando é hora de se levantar, empresas implementam pausas ativas e, por iniciativa própria, muita gente está buscando alternativas para se sentir mais disposto e sair do modo automático.

Além disso, há quem procure formas de suplementação como apoio à nova rotina. Em grupos de discussão e fóruns sobre bem-estar, é comum encontrar relatos de pessoas que estão experimentando diferentes abordagens, como tomar creatina em cápsula para ter mais energia e auxiliar na construção de uma nova dinâmica mais ativa.

Sedentarismo e saúde mental: uma relação delicada

Outro ponto que merece atenção é o impacto do sedentarismo na saúde emocional. Ficar parado, sem estímulos físicos ou mudanças no ambiente, pode contribuir para sensações de apatia, irritação e até sintomas de ansiedade. Não se trata de um efeito imediato, mas sim de algo que se instala aos poucos, com o passar dos dias e semanas em que o corpo se mantém inerte.

A ausência de movimento também afeta nosso sono, nosso humor e até mesmo a forma como lidamos com desafios do cotidiano. Pequenos gestos, como uma caminhada leve no fim do dia, podem trazer uma percepção diferente da realidade. E isso não é apenas uma opinião ou discurso motivacional; é uma constatação feita por quem passou a prestar atenção nos próprios hábitos e quis quebrar o ciclo de passividade.

Tecnologia a favor… e contra

A tecnologia, como quase tudo na vida, tem dois lados. Por um lado, ela facilitou nosso dia a dia: fazer compras sem sair de casa, trabalhar remotamente, pedir comida com um clique. Por outro, também nos deixou ainda mais imóveis. A facilidade é ótima, mas também é traiçoeira. O que era para ser uma comodidade virou uma armadilha para a movimentação corporal.

Claro que não se trata de demonizar o conforto ou sugerir um retorno a estilos de vida mais primitivos. A questão é refletir sobre o quanto estamos permitindo que essa praticidade tire de nós um dos elementos mais básicos da existência humana: o movimento.

Desconstruindo a ideia de “exercício formal”

Quando se fala em sedentarismo, muitas pessoas associam automaticamente à falta de academia ou de esportes. Mas a questão vai muito além disso. Estar em movimento não significa, necessariamente, seguir um treino estruturado. Caminhar até o mercado, brincar com os filhos, limpar a casa, dançar ao som da música preferida – tudo isso conta como movimento.

O problema é que, na era da produtividade extrema, essas atividades “não estruturadas” muitas vezes são vistas como perda de tempo ou distração. E é justamente aí que o sedentarismo se instala: quando começamos a valorizar apenas aquilo que tem um fim prático ou um resultado palpável. O corpo, porém, não opera apenas sob metas. Ele precisa se mover, mesmo que sem grandes objetivos.

As consequências que aparecem com o tempo

O impacto do sedentarismo não costuma ser imediato, e talvez essa seja a razão pela qual ele é tão perigoso. As dores nas costas, o cansaço frequente, a dificuldade de concentração – tudo isso vai se acumulando de forma silenciosa, até que se torne parte da rotina. E, quando os sinais se tornam evidentes, o processo de reversão pode ser mais difícil do que parece.

Por isso, mesmo pequenos gestos têm valor. Esticar as pernas a cada hora, trocar o elevador pela escada, caminhar enquanto fala ao telefone. São atitudes simples, mas que tiram o corpo do estado de pausa prolongada e relembram sua função natural.

Consumo consciente: bem-estar também está nas escolhas

Além do movimento, as escolhas que fazemos no dia a dia também moldam nossa relação com o corpo e com a disposição. Há quem busque uma alimentação mais balanceada, quem reduza o consumo de ultraprocessados e quem opte por uma hidratação mais constante. Nessas horas, as redes sociais podem servir tanto de inspiração quanto de armadilha.

A enxurrada de conteúdos sobre estilo de vida “fitness” às vezes cria uma falsa sensação de urgência e comparação. Cada um tem um ritmo, um contexto e uma rotina diferente. Por isso, o mais importante é reconhecer o que faz sentido para você, sem pressão. Algumas pessoas descobrem marcas e produtos por conta própria, testam, avaliam o que funciona — inclusive aproveitando um descontaço aqui ou ali, como incentivo para testar algo novo sem comprometer o orçamento.

Mudar o padrão não significa ser radical

Por fim, é essencial lembrar que sair da inércia não exige uma mudança drástica de vida. O impacto do sedentarismo silencioso pode ser combatido com pequenas atitudes conscientes, incorporadas ao longo do tempo. Não se trata de virar um atleta de um dia para o outro, mas sim de escutar o próprio corpo e dar a ele o que sempre foi parte da sua natureza: o movimento.

Às vezes, basta dar o primeiro passo: literalmente. Levantar-se da cadeira, alongar os braços, caminhar até a janela. A partir daí, o corpo tende a responder. E esse ciclo, uma vez iniciado, pode ser o começo de uma nova forma de viver o cotidiano: mais ativa, mais leve e, acima de tudo, mais conectada com o que realmente importa.

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OCP News Jaraguá do Sul

Publicação da Rede OCP de Comunicação