Novo medicamento para obesidade reduz em 24% o peso de voluntários em testes

Foto: Imagem ilustrativa/Pixabay

Por: Elisângela Pezzutti

12/09/2023 - 10:09 - Atualizada em: 12/09/2023 - 10:40

Um medicamento chamado retatrutide, desenvolvido para tratar a obesidade, resultou na redução de 24% do peso de pessoas que participaram de um estudo com a substância. Isso indica que a droga poderá ser uma alternativa para o controle de massa corporal em pacientes com excesso de peso.

A droga simula a ação de três hormônios que já são estudados pelos efeitos de diminuir o apetite e de auxiliar na maior queima de calorias. Uma dessas substâncias é o GLP-1, que manda sinais ao cérebro de saciedade. Além dele, a retatrutide é composta pelos GIP e GCC.

O novo estudo foi financiado pela farmacêutica Eli Lilly, que também desenvolve a droga. A amostra da pesquisa foi de 338 adultos com IMC (Índice de Massa Corporal) de no mínimo 30, número já considerado obesidade. Outra possibilidade era a pessoa contar com o índice no nível 27 unido a alguma condição associada a obesidade.

Os participantes foram divididos entre o grupo que recebeu placebo e outra parte que teve acesso ao remédio de verdade. Nesse segundo grupo, ainda houve separações com base na dosagem do medicamento. Por exemplo, alguns dos envolvidos receberam a droga com 1mg, enquanto outros chegaram a pesagem de até 12mg.

O peso de cada um foi anotado no início da pesquisa, depois de 24 semanas e após 48 semanas novamente.

Em seguida, as aplicações foram realizadas uma vez por semana. Então, foi observada uma redução de peso causada pela retatrutide em comparação àqueles do grupo placebo.

Em 24 semanas, os pacientes que chegaram a tomar a dose de 12mg apresentaram uma queda de 17%. O mesmo grupo, em 48 semanas, apresentou redução de 24% na massa corporal. A contração foi basicamente nula em quem utilizava o placebo: de 1,6% e 2,1%, respectivamente para cada período.

Entre aqueles que tiveram uma dosagem menor da retatrutide, como de 1mg, também houve queda no peso, mas em níveis baixos. Em 24 semanas, a redução foi de 7% e, no segundo período de medição, a queda foi de quase 9%.

Mas, apesar de promissor, ainda são necessários novos estudos com a retatrutide para medir a segurança do fármaco. Só assim é possível sua aprovação em agências regulatórias, como a Anvisa.

Efeitos colaterais

De modo geral, os efeitos colaterais mais comuns foram eventos gastrointestinais, como vômitos e náuseas. Eles foram relatados tanto no grupo placebo quanto naqueles que utilizaram o medicamento.

A maioria dos sintomas associados às substâncias eram leves ou moderados. Cerca de 4% dos participantes de ambos os grupos apresentaram reações adversas mais graves.

*Com informações do g1

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.