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Norte-americano de origem francesa, quem é o Papa Leão XIV

Foto: Reprodução/Vaticano News

Por: Ewaldo Willerding Neto

08/05/2025 - 14:05 - Atualizada em: 08/05/2025 - 15:36

Escolhido no conclave para ser o novo comandante da Igreja Católica, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevosti, o Papa Leão 14, desde 2023, ocupava o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Nascido em Chicago, em uma família de origem francesa, formou-se em Direito Canônico.

De 1985 a 1999, o norte-americano foi missionário no Peru. De volta a Chicago, em 2001, tornou-se prior da Ordem de Santo Agostinho, cargo que ocupou até 2013. Nesse ano, retornou ao Peru, como bispo de Ciclayo.

Francisco o chamou a Roma em 2023. O bispo norte-americano, que fala fluentemente espanhol, português, italiano e francês, demonstrou atenção especial aos marginalizados e migrantes no Peru, muito apreciados por Francisco.

Como prefeito dos bispos, ele nomeou centenas de prelados, forjando uma geração de religiosos “como Francisco”, abertos e progressistas. Entretanto, ganhou a reputação de ser um cardeal reservado e equilibrado.

Em 2023, Prevost administrou, junto com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, o caso do caminho sinodal alemão: um debate dentro das dioceses alemãs que estava se tornando muito inovador e corria o risco de causar um cisma. Na ocasião, trouxe o caminho de volta à ortodoxia, mas sem traumas.

Os votos dos cardeais latino-americanos, que não têm candidatos fortes, e dos norte-americanos, muito divididos entre progressistas e conservadores, podem convergir para seu nome.

Prevost pode contar com o apoio do poderoso cardeal hondurenho Oscar Rodríguez Maradiaga: antigo “fazedor de papas” de Francisco, ele já tem mais de 80 anos e está fora do conclave, mas continua muito influente.

No entanto, o prelado americano é acusado de ter encoberto abusos sexuais cometidos por padres em Chicago e no Peru.

No ano passado, Prevost e seu sucessor na capital de Illinois, Blaise Cupich (também progressista e candidato papal), foram denunciados por não terem tomado medidas entre as décadas de 1980 e 1990 contra dois agostinianos, posteriormente condenados por abuso.

No Peru, o prefeito dos bispos foi acusado por três religiosas de ter acobertado a denúncia na qual elas afirmam ter sofrido abusos sexuais por parte de dois padres.

A diocese de Ciclayo explicou que o então bispo as havia aconselhada a apresentar uma queixa às autoridades civis e que o processo canônico havia sido interrompido quando o judiciário arquivou o processo devido ao prazo de prescrição.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.