No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho” … assim que este poema de Carlos Drummond de Andrade foi publicado, em 1928, ele foi profundamente criticado pela sua simplicidade, repetição, enfim, insignificância.
Felizmente, com o passar do tempo, o poema foi compreendido … até virar um cartão postal.
Inclusive, uma das teorias sobre a origem do poema remonta a própria biografia do autor: casado em 1926, um ano depois, nasceu o seu primeiro filho, que sobreviveu apenas meia hora.
Aliás, a repetição dos versos “As Pedras no Caminho” mostra que problemas nunca deixam de existir e que a gente só anda para a frente quando se reconhece e se aceita a existência de obstáculos e se aprende enquanto se caminha.
Quanto a isso, disse LYGIA FAGUNDES TELLES: “a distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontra … as melhores coisas da vida”.