Mulheres correm mais risco de morte após ataque cardíaco do que homens, diz estudo

Foto: Pixabay

Por: Thomas Madrigano

26/06/2023 - 18:06 - Atualizada em: 26/06/2023 - 18:21

Um estudo apresentado em junho, na Sociedade Europeia de Cardiologia, aponta que as mulheres correm mais risco de morte após um ataque cardíaco do que homens.

De autoria da portuguesa Mariana Martinho, o estudo analisou uma população de 884 doentes (dos quais 27% eram mulheres), com média de 62 anos, e fez o ajuste de fatores que poderiam influenciar os resultados, como a diabetes, o colesterol elevado, a hipertensão, a doença arterial coronária prévia, o tabagismo, entre outros.

As análises revelaram que, 30 dias após o episódio de infarto, 11,8% das mulheres morreram, em comparação com 4,6% dos homens.

E, depois de cinco anos, quase um terço das mulheres (32,1%) havia morrido, contra 16,9% dos homens.

 

Redução do índice

Mariana Martinho, que atua na área de cardiologia do Hospital Garcia de Orta (HGO), destaca que há dois pontos fundamentais para a redução desse quadro.

O primeiro seria a organização de campanhas de sensibilização para que a população identifique precocemente os sintomas associados ao infarto.

Já o segundo passa pelo reconhecimento de que as mulheres devem ter um acompanhamento regular após o ataque cardíaco, com controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol, além do encaminhamento para reabilitação cardíaca.

Além disso, ela ressalta como ponto negativo o fato de o consumo de tabaco estar aumentando entre as mulheres jovens, e diz que esse padrão deve ser combatido, a fim de se promover um estilo de vida saudável, com aumento da atividade física.

Por fim, o trabalho de Mariana Martinho, que ainda será publicado, também enfatiza a necessidade de se desenvolver mais estudos para entender a disparidade entre homens e mulheres, para que medidas preventivas possam ser adotadas.

Com informações do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portugal

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Thomas Madrigano

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