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Mulher vai a hospital no Rio para dar à luz e tem mão amputada

reprodução/TV Globo

Por: Pedro Leal

16/01/2023 - 15:01 - Atualizada em: 16/01/2023 - 15:13

Uma mulher de 24 anos foi a um hospital para dar à luz e teve a mão e punho esquerdos amputados. A família conta que não sabe o que aconteceu e cobra uma resposta da unidade de saúde.

“Para mim, está sendo um recomeço. Porque eu estou me refazendo. Eu tive a minha mão por 24 anos. Fui apenas ganhar um bebê e voltar sem ela, para mim, foi um pouco estranho. Para qualquer pessoa”, contou a mulher, que não quis ter a identidade divulgada.

As informações são do portal G1.

A mulher estava com uma gestação de 39 semanas quando deu entrada no Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 9 de outubro do ano passado. O bebê nasceu no dia seguinte, de parto normal, pesando um pouco mais de 3 kg.

A paciente teve uma hemorragia depois do parto. Segundo os familiares da jovem, por causa da complicação, os médicos decidiram criar um acesso venoso na mão dela para introduzir a medicação. Mas, durante o procedimento, a jovem relata que começou a sentir muita dor e incômodo no membro.

Logo depois, a mão foi ficando roxa e inchada. O quadro de saúde da jovem foi se agravando, e os médicos decidiram transferi-la para outro hospital da mesma rede, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

Três dias após o nascimento da bebê, ela e os familiares receberam a notícia de que a mulher teria que amputar a mão.

Longe do bebê, a mulher passou 17 dias internada. Até hoje, a família busca uma resposta do hospital e tenta entender o que aconteceu.

A paciente afirma que sofre com as consequências da amputação.

“Eu perdi a oportunidade de ver meu filho nos primeiros dias. De amamentar. Meu peito ficou produzindo leite por três dias, mas é como se eu tivesse tido um aborto”, disse a paciente.

A advogada que cuida do caso afirma que já entrou na Justiça contra a unidade de saúde.

A paciente tenta se adaptar à nova realidade para cuidar dos três filhos.

“Não posso dar banho no meu neném. Não pude amamentar o meu neném. Tem certas coisas que eu não posso fazer com ele, que eu já tinha feito com os meus dois outros filhos”, disse a jovem.

O que diz o hospital

Por meio de nota, o Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá afirmou que se solidariza com a vítima e lamenta o ocorrido. A unidade afirmou ainda que vai apurar o caso e os procedimentos adotados durante o atendimento da jovem e disse estar à disposição para esclarecimentos.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 41ªDP (Tanque) como lesão corporal culposa, que está ouvindo testemunhas e que pediu os documentos médicos para ajudar nas investigações.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).