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Mito ou verdade: precisamos mesmo dormir 8 horas por noite?

Foto: Freepik

Por: Elisângela Pezzutti

10/08/2025 - 11:08 - Atualizada em: 10/08/2025 - 11:36

Durante anos, o conceito de “oito horas de sono diárias” foi amplamente aceito, mas novas pesquisas estão começando a questionar essa ideia. Em vez de focar na quantidade de horas dormidas, um estudo recente sugere que a qualidade do sono pode ser um fator mais relevante para a nossa saúde.

Essa descoberta vem de um extenso estudo internacional, publicado na revista Health Data Science, no qual cientistas das universidades de Pequim e da Universidade Médica do Exército Chinês acompanharam os padrões de sono de 88.461 adultos por quase sete anos. Para isso, usaram sensores avançados acoplados aos participantes.

A análise, que contou com dados do repositório Biobank do Reino Unido, avaliou seis aspectos essenciais do sono (duração, horário de início, ritmo, intensidade, eficiência e despertares noturnos). A conclusão foi de que, embora a quantidade adequada de sono ainda seja importante, a regularidade nos horários de sono — ou seja, manter uma rotina consistente de dormir e acordar — exerce uma influência mais significativa na saúde do que o total de horas dormidas.

Esse achado sugere que ter um ciclo de sono previsível pode ser ainda mais benéfico para o bem-estar do que se imaginava.

Além disso, o estudo revelou uma forte associação entre padrões de sono irregulares e o aumento do risco de até 172 doenças. Curiosamente, os distúrbios no ritmo sono/vigília foram vinculados a quase metade dessas condições, superando, em número, as doenças relacionadas à duração do sono ou ao horário exato de dormir, conforme relatado pela plataforma Science Alert.

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Riscos de padrões irregulares de sono

Entre as conclusões mais notáveis, está o fato de que dormir regularmente após as 00h30 aumenta em 2,57 vezes o risco de cirrose hepática, quando comparado com aqueles que dormem antes das 23h30. Além disso, a instabilidade nos ciclos de sono/vigília eleva em até 2,6 vezes o risco de gangrena, conforme destacado no estudo original.

Os pesquisadores também identificaram um risco 2,8 vezes maior de desenvolver a Doença de Parkinson e uma probabilidade 60% maior de diabetes tipo 2 entre aqueles com padrões de sono irregulares, de acordo com a Science Alert.

Outras condições associadas a esses padrões irregulares incluem hipertensão primária, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), insuficiência renal aguda e depressão.

*Com informações do g1

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Elisângela Pezzutti

Graduada em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.