Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Mina de Visitação Octávio Fontana completa 13 anos em Criciúma

Fotos: Eduarda Salazar/TNSul

Por: Ewaldo Willerding Neto

29/10/2024 - 11:10 - Atualizada em: 29/10/2024 - 11:17

Responsável por manter viva a história da exploração do carvão em Criciúma, a Mina de Visitação Octávio Fontana completou 13 anos de funcionamento nessa segunda-feira, dia 28. Inaugurada em 2011, após a restauração da antiga Mina São Simão, é considerada a única mina de carvão mineral aberta à visitação na América Latina, e está entre as quatro no mundo. O ambiente se tornou um dos principais pontos turísticos do município, onde o visitante pode aprender sobre o mineral que impulsionou o desenvolvimento econômico do Sul de Santa Catarina.

“Conhecer a história é fundamental para manter viva a cultura da cidade. A Mina de Visitação Octávio Fontana não é apenas um espaço de turismo, é um patrimônio cultural que nos conecta com o passado e nos ensina sobre a importância do carvão na formação econômica e social de Criciúma”, afirma o prefeito em exercício de Criciúma, Ricardo Fabris.

Segundo o diretor de cultura da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Ismail Ahmad Ismail, os trabalhos para a construção da Mina de Visitação iniciaram em 2009, com pesquisas que comprovaram que o local era ideal e seguro para receber o mais novo ponto turístico da cidade. “Desde a sua inauguração, a Mina de Visitação é considerada um dos pontos turísticos que mais atrai novos visitantes para a cidade. Temos o mirante, os parques, o mais novo Memorial Nikola Tesla, mas a mina é um equipamento único, que ressalta as origens de Criciúma”, explica o diretor.

A Mina de Visitação é administrada por meio de uma parceria com a Associação Beneficente da Indústria Carbonífera (Satc), responsável por conduzir as visitas no espaço. A mina recebe, também, eventos em seu interior, como jantares e palestras.

Roteiro pela história da mineração

A viagem pela história da mineração em Criciúma inicia ainda na superfície, no museu onde os turistas são recepcionados e podem visualizar fotos, áudios e vídeos explicativos. Durante o passeio no interior das galerias da mina, acompanhado por um guia, os visitantes podem ver de perto elementos que fazem parte da história da extração do carvão e que contribuíram para a segurança do trabalho atualmente. O percurso possui 300 metros e pode ser feito a pé ou em uma mini locomotiva, réplica do modelo a vapor de 1922, com capacidade para dez passageiros por viagem.

Em 2021, a locomotiva foi batizada com o nome de Arlei Cardoso, mineiro da antiga Mina São Simão e que atuou como maquinista na Mina de Visitação Octávio Fontana durante a primeira década de funcionamento do ponto turístico.

O coordenador administrativo da Mina de Visitação, Roberto Bortolotto, ressalta que o local é um destino procurado por pesquisadores, estudiosos e turistas de todas as regiões do Brasil, e até de outros países. De janeiro a outubro deste ano, a mina recebeu 15.707 visitantes de 18 estados brasileiros e 12 países.

“A Mina de Visitação cumpre a função de resgatar a memória dos bravos mineiros que até meados dos anos 1900, tiraram das profundezas das terras criciumenses e da região carbonífera, mais do que o sustento, seus e de suas famílias. Proporcionaram as condições financeiras para o desenvolvimento da região, consolidando Criciúma como cidade polo na região carbonífera de Santa Catarina”, destaca Bortolotto.

Como conhecer a Mina de Visitação

A Mina de Visitação Octávio Fontana está localizada na rua Quintino Dal Pont, no bairro Arquimedes Naspolini. O local é aberto para visitação nas segundas, das 15h às 18h, e de terça-feira a domingo, das 9h às 18h. O valor da entrada é de R$20 e pode ser adquirida no local. Professores, estudantes, crianças até cinco anos, idosos acima de 60 anos e doadores têm direito a meia entrada, mediante comprovação. O agendamento das visitas pode ser feito pelo telefone (48) 3445-8734.

* Informações do Portal TNSul.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.