Acontece no domingo (21), a 13ª Marcha do Silêncio, uma caminhada pela vida contra a violência no trânsito. A concentração será às 8h30 na Praça Ângelo Piazera com saída pela rua Marechal Deodoro e retorno pela rua Reinoldo Rau.
De acordo com a coordenadora do movimento, Sueli Mader, neste ano a programação do evento será um pouco diferente.
“Todos os anos nós colocamos um número de cruzes em frente à Igreja Matriz uma semana antes, e no dia da caminhada parávamos e carregávamos essas cruzes no trajeto. Mas neste ano faremos um pouco diferente. Iremos depositar flores aos pés da igreja como forma de homenagear os entes queridos que partiram. Serão 13 cruzes, representando cada ano do Movimento e todos que perderam a vida neste tempo”, conta Sueli Mader.
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Segundo Sueli, o evento acontecerá com o número de pessoas que comparecer ao local da concentração. “A convocação é para toda a sociedade, assim como é responsabilidade de todos cuidar para que a vida no trânsito seja segura”, comenta a coordenadora da Marcha.
Ela enfatiza que não pode deixar de convidar as famílias que vivem esta triste realidade, seja vivida por aquelas que tiveram vítimas fatais ou pelas que cuidam e vivem com as sequelas provocadas pelos acidentes.
“Não há uma só pessoa que não use o trânsito para se deslocar de um lugar ao outro. Sendo assim, é de responsabilidade de todos zelar para que haja paz e segurança neste espaço, que foi criado para unir as pessoas, e não separá-las”, pontua a coordenadora.
Por conta da pandemia da Covid-19, no ano passado não foi possível realizar a caminhada para lembrar dos que morreram no trânsito, mas o grupo não deixou essa data passar em branco, eles foram até a escadaria da Igreja Matriz, no Centro da cidade, com placas de trânsito com frases de conscientização sobre a segurança no trânsito.

Foto: Fábio Junkes/OCP News.
“Tudo parou na pandemia. Nós apenas realizávamos as publicações na página do Movimento. No evento de 2019, havíamos lançado o tema que iríamos trabalhar no ano seguinte, mas não aconteceu. Por este motivo, iremos retomar ao tema proposto, pois temos muito a discutir sobre a embriaguez ao volante”, pontua a coordenadora.

Última Marcha do Silêncio aconteceu em 2019, com o tema embriaguez ao volante.
Foto: Divulgação
Marcha do Silêncio
O movimento Marcha do Silêncio, surgiu em agosto de 2008, quando Sueli Mader perdeu um grande amigo de apenas 24 anos em um acidente de trânsito. Durante a semana após o sepultamento de Gilmar Flávio Michalak, a coordenadora sentiu que precisava fazer as pessoas refletirem sobre o compromisso no trânsito.
“No dia da missa de sétimo dia dele, convidei as pessoas a permanecerem na Igreja no final da missa, e lancei o desafio de realizarmos uma caminhada pacífica e silenciosa, representando a dor de muitos que sofrem no anonimato, e também nossa indignação diante de toda a violência e falta de respeito que existe no trânsito”, lembra Sueli.
De lá pra cá, a Marcha do Silêncio cresceu e a cada ano conta com mais pessoas que abraçam a causa por um trânsito mais seguro.