Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Mais de um milhão de pessoas vivem com o vírus do HIV no Brasil

Por: Priscila Horvat

02/12/2024 - 16:12 - Atualizada em: 02/12/2024 - 16:38

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, um milhão de pessoas vivem atualmente com o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no Brasil. Entre os diagnosticados, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do sexo feminino.

Segundo a sexóloga da Rilex Preservativos, Li Rocha, apesar do HIV ser o vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), não significa que todas as pessoas diagnosticadas vão desenvolver a doença. Para conscientizar a população sobre a importância de ser prevenir contra a AIDS, o mês é marcado pela campanha ‘dezembro vermelho’.

“A AIDS é a doença causada pela infecção do vírus da Imunodeficiência Humana, que ataca diretamente o sistema imunológico do corpo, destruindo células essenciais para a defesa contra infecções e doenças. Apesar do HIV ser o vírus causador, não significa que todos os infectados terão AIDS. Caso o diagnóstico seja realizado de forma precoce e o tratamento de forma correta, o vírus pode não evoluir para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, explica.

Ainda segundo a especialista, o HIV pode ser silencioso por muitos anos, com sintomas iniciais muitas vezes confundidos com os de uma gripe ou infecção comum, com febre, dor de garganta e cansaço, mas após esse período, a infecção pode se tornar crônica e apresentar sinais evidentes.

“O HIV tem um período de incubação prolongado, o que significa que a pessoa pode viver com o vírus por anos sem apresentar sintomas. Porém, com o avanço da doença o sistema imunológico fica enfraquecido e gravemente comprometido, tornando o corpo vulnerável a outras doenças, como pneumonia e tuberculose”, pontua.

Este mês é marcado pela campanha ‘Dezembro Vermelho’, que reforça a importância da conscientização e da prevenção da AIDS. Uma das formas mais eficazes para se prevenir contra essa e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é através do uso de preservativos.

“A camisinha age como uma barreira física que impede o contato direto entre as mucosas e fluidos corporais, que são os principais meios de transmissão desses vírus e bactérias. O uso consistente e correto da camisinha em todas as relações sexuais, tanto vaginais quanto anais, é essencial para proteger a saúde sexual de todos os envolvidos”, comenta Li Rocha.

Ela também destaca um ponto importante sobre o uso de lubrificantes durante as relações sexuais: “O uso de lubrificante não só reduz o atrito e previne microlacerações, mas também contribui para a formação de mais gotículas. Quanto mais gotículas, menor o risco de transmissão de doenças, como o HIV. Outro ponto importante é a manutenção de uma boa imunidade. Quanto mais forte estiver nosso sistema imunológico, menor a probabilidade de contrair o HIV. A imunidade alta é um fator importante de proteção, por isso devemos cuidar da nossa saúde de forma integral”, ressalta, acrescentando a importância de realizar testagens periódicas, uma medida essencial para o diagnóstico precoce e a proteção da saúde sexual.

“Mesmo que algumas pessoas não utilizem preservativo, se realizarem os testes regularmente e estiverem cientes da importância do autocuidado e da responsabilidade afetiva, podem optar por ter relações sexuais apenas com parceiros que também se testam regularmente. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testagens gratuitas, e a recomendação é que os testes sejam realizados a cada 15 dias, e não apenas mensalmente, para garantir mais segurança”, orienta.

A especialista destaca que, embora não devamos limitar as escolhas sexuais das pessoas, é fundamental que cada indivíduo compreenda a responsabilidade que acompanha essas escolhas.

“Se alguém optar por não usar preservativo, que isso seja feito com parceiros que também cuidam da saúde e realizam os testes regularmente. A conscientização sobre prevenção e a promoção da saúde sexual são as melhores formas de proteção”, conclui Li Rocha

Muitas pessoas ainda têm resistência ao uso do preservativo, seja por falta de informação, por questões de conforto ou até mesmo por mitos. Porém, é importante desmistificar essas crenças, já que a camisinha protege contra doenças e, ao mesmo tempo, permite que a pessoa aproveite o momento com mais tranquilidade.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp