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Mais de 100 espaços públicos irregulares deverão ser desocupados em Florianópolis

Foto; Arquivo/PMF

Por: Ewaldo Willerding Neto

20/05/2025 - 10:05 - Atualizada em: 20/05/2025 - 13:48

Mais de 100 espaços públicos ocupados para exploração comercial ilegalmente deverão ser desocupados e regularizados em Florianópolis, a partir de um termo de ajustamento de conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e assinado pela prefeitura da Capital.

Com o acordo, Florianópolis terá até 360 dias para regularizar ocupações e lançar licitações conforme a nova Lei de Licitações. O rol é vasto: são quiosques e trailers em praças e calçadas, lojas e boxes – incluídos espaços no Mercado Público do Estreito e na antiga rodoviária – envolvendo todo tipo de comércio.

Segundo o inquérito civil conduzido pela 31ª Promotoria de Justiça da Capital, muitos desses espaços vêm sendo utilizados de forma lucrativa, sem contrapartida ao Município e contrariando a Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei n. 14.133/2021), que exige processo licitatório para concessão e permissão de uso de bens públicos.

A prefeitura da Capital reconheceu as irregularidades e se comprometeu a notificar os ocupantes ilegais em até 180 dias e a promover a desocupação dos imóveis em até 360 dias. Caso a administração municipal considere viável a continuidade da exploração econômica desses espaços, deverá realizar licitação pública no mesmo prazo.

O TAC prevê, ainda, multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento injustificado das obrigações, valor que será revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados.

A desocupação dos espaços visa não só à correção das irregularidades detectadas, mas também à regularização da ocupação, ao planejamento adequado e ao uso ordenado dessas áreas, possibilitando também a instalação de novos projetos, equipamentos ou serviços que atendam de forma mais eficiente às necessidades da população, conforme as prioridades do Município.

“O objetivo é garantir que eventuais concessões futuras sejam feitas de forma isonômica, com ampla participação dos interessados, respeitando os princípios da Administração Pública”, resume a Promotora de Justiça Juliana Padrão Serra de Araújo.

* Com informações do MPSC

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.