A iniciativa da 19ª Feira do Livro de Joinville de buscar padrinhos e madrinhas para abraçar a causa da leitura nas escolas municipais ganhou repercussão imediata com a executiva Elisabeth Döhler da Silva.
Vizinha da Escola Municipal Sete de Setembro, no Rio Bonito, ela tem uma relação muito próxima com a instituição desde que optou por viver na região.
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“É o segundo ano em que sou madrinha da escola – a diretora já vinha priorizando ações como essa, de levar as crianças à Feira do Livro. Isso propicia o contato não apenas com o saber, mas com toda a ‘vida inteligente’ que cerca um evento como esse.”
A executiva sublinha que a leitura é fundamental na formação da cidadania.
“Ao ler, além de interagir melhor com seu entorno, a criança adquire ferramentas que ajudam a aperfeiçoar suas estratégias de vida, mesmo. Muitas vezes, essa criança se torna uma espécie de referência intelectual dentro de sua própria família”, pontua Elisabeth.
Ela também destaca que, para ela, um dos principais benefícios do acesso à leitura é o fato de a criança conquistar o livre pensar.
Assim, apreende melhor o mundo, relaciona fatores internos e externos – e seleciona o que efetivamente serve a seus projetos e estratégias.
Essa formação intelectual que o hábito da leitura proporciona interage, influencia e dialoga com a construção de cidadãos mais críticos e atuantes, na opinião de Elisabeth.
“A criança vai crescendo em meio a outra lógica, a de construir suas estratégias de vida sobre valores importantes não apenas para si, mas para sua família e para a comunidade. A cidadania vai sendo construída, levando em consideração o outro, o seu entorno – que, claro, acaba sendo influenciado, também, por esses cidadãos mais articulados, que façam diferença para si próprios e para quem está a seu redor.”
Elisabeth Döhler destaca que é essa criança, esse jovem que adquire uma visão mais crítica do mundo, que vai ajudar a disseminar os principais valores sociais, tão importantes à construção de pessoas mais atuantes.
“É uma delícia conversar com pessoas que têm opinião própria. E isso porque estamos falando de uma interação com sabedoria, com conhecimento, em que o intercâmbio de ideias se torna muito mais rico, desafiador e, por isso mesmo, proporciona ainda mais crescimento pessoal e profissional”, avalia, antes de concluir que, para além de ferramentas que desafiam e estimulam a criatividade, a leitura, também, constrói pessoas que assumem relevante papel em seu próprio meio: “São luz para si próprias e para o outro, edificam e exercitam autonomia. Honram a vida que Deus nos dá – e não se restringem apenas a repetir, mediocremente, o que o meio tenta imputar.”
Para ela, a construção do viver pelo conhecimento, pelos valores éticos e pela liberdade de pensar é que movimenta o mundo.
“Por isso é tão necessária essa diversidade de temas e reflexões que o livro proporciona. É o que nos torna mais fortes e em condições de filtrar, selecionar e assimilar, em meio a esse verdadeiro turbilhão de informações que nos chega todos os dias, aquilo que realmente importa para nós e para o meio em que vivemos.”