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Lipedema: entenda a doença que afeta milhares de mulheres

Por: Priscila Horvat

21/11/2024 - 13:11 - Atualizada em: 21/11/2024 - 13:50

O lipedema é uma condição crônica que causa acúmulo anormal de gordura, especialmente nas pernas e, em alguns casos, nos braços. Essa doença, frequentemente confundida com obesidade ou linfedema, afeta principalmente mulheres, e os sintomas podem piorar com o aumento das altas temperaturas no verão.

Estima-se que entre 10% e 11% das mulheres brasileiras sofram com o lipedema, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), mas o diagnóstico ainda é raro, o que prejudica o tratamento e a qualidade de vida das pacientes.

Trata-se de uma condição crônica em que o tecido adiposo se acumula de forma desproporcional, especialmente nas pernas, causando dor, inchaço e sensibilidade. A cirurgiã vascular e angiologista Dra. Tatiana Losada explica: “O lipedema é diferente do ganho de peso comum, ele está relacionado a alterações no tecido adiposo, muitas vezes com uma predisposição genética”.

A condição afeta principalmente mulheres, com início geralmente após eventos hormonais como a puberdade, gestação ou menopausa. Segundo a SBACV, muitas mulheres com lipedema acabam passando anos sem diagnóstico por falta de informação entre os profissionais da saúde.

“Há um fator genético importante, e isso explica por que tantas mulheres de uma mesma família podem ter a condição”, complementa a Dra. Tatiana.

O calor típico do verão pode levar a uma piora dos sintomas, causando mais dor e desconforto. “As altas temperaturas tendem a piorar o inchaço e a dor nas pernas, tornando o verão uma estação mais desafiadora para quem tem lipedema. Mas, caso a paciente esteja fazendo um tratamento adequado, esses sintomas são minimizados”, afirma a especialista.

Embora não haja uma cura definitiva, alguns tratamentos ajudam a reduzir o desconforto e a progressão da doença, como terapias de compressão, drenagem linfática e, em casos mais avançados, lipoaspiração específica para o lipedema. “A identificação precoce é fundamental para evitar a progressão do quadro e melhorar a qualidade de vida da paciente”, pontua Dra. Tatiana.

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